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Professores tiram dinheiro do bolso para comprar merenda

Por José Fernando Martins 24/10/2018 - 07:39

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Foto: MP-AL
Foto: MP-AL

A distribuição de merenda nas escolas públicas municipais de Arapiraca virou alvo de inquérito. O suposto descaso por parte da prefeitura do município já vinha sendo apurado pelo Ministério Público de Alagoas (MP-AL) desde março deste ano. No entanto, segundo publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta quarta-feira, 24, a Promotoria de Justiça de Arapiraca resolveu converter o procedimento preparatório em inquérito civil. 

Conforme informações do MP-AL, em certas unidades, como é o caso da Escola de Ensino Fundamental 31 de Março, itens como pão, carne moída e iogurte não chegam desde o início do ano. Na Escola Pedro Correia das Graças, a investigação identificou a falta de iogurte e que a quantidade de carne bovina não atende sempre as necessidades dos alunos.

Já na Escola Hugo José C. Lima foi constatado que o lanche estava sendo servido: biscoito maisena com suco de caju. No entanto, a unidade de ensino apresentava vazamento de gás e problemas na falta de água. Ainda de acordo com relatório, na Escola Crispiniano F. de Brito, os professores tiram dinheiro do próprio bolso para ajudar na compra de alimento para os alunos. 

A direção ainda informou que a escola atende estudantes com alto risco de vulnerabilidade, havendo índice elevado no uso e venda de drogas. Os promotores de justiça Maurício Amaral Wanderley e Viviane Karla da Silva Farias visitaram em agosto as escolas municipais citadas. 

Sendo assim, o órgão ministerial declarou que vai "dar continuidade às investigações acerca da distribuição da merenda escolar e transporte escolar nas escolas públicas do município". O EXTRA aguarda um posicionamento da Prefeitura de Arapiraca sobre o caso. 


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