Gazeta de Alagoas

Gestão ignorou mudanças do mercado, diz Sindjornal

Por Redação 10/11/2018 - 13:17

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Foto: Bruno Fernandes
Foto: Bruno Fernandes

A Gazeta de Alagoas, mais antigo jornal do estado ainda em atividade, deixará de chegar às bancas diariamente, interrompendo uma rotina de 84 anos de liderança absoluta do mercado.

Assim como vários outros jornais importantes mundo afora, a velha Gazeta impressa foi abatida pelo fenômeno da internet. E a partir da próxima semana passará a circular só aos sábados.

Em solidariedade aos profissionais que fazem parte da Organização Arnon de Mello, o Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindorjornal) emitiu nota lamentando a mudança do periódico, que possivelmente resultará em demissões. 

Confira na íntegra

Neste momento desolador para a história do jornalismo alagoano, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas Sindjornal) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) manifestam total e irrestrita solidariedade a todos que fazem parte da Organização Arnon de Mello (OAM), em especial aos que trabalham, diariamente, no Jornal Gazeta de Alagoas.

Com 88 anos de existência o maior jornal diário de Alagoas passa a ser semanal, a partir deste sábado, 10, deixando uma lacuna em toda a sociedade alagoana.

Merecem todo o apoio e respeito os profissionais que, ao longo dos últimos anos, foram muito além do seu papel de funcionários, fizeram concessões e sacrifícios por compreender a importância de manter o impresso funcionando. 

Com paciência e muito trabalho, viram seus direitos como hora-extra e FGTS serem negligenciados pela empresa, mas sempre optaram pelo diálogo e a manutenção do veículo, que sempre foi entregue, pontualmente, e com qualidade ao leitor.

Por outro lado, a gestão continuou ignorando os sinais de mudança do mercado e deixou que as dificuldades se agravassem, chegando ao fim que agora se apresenta.

Repudiamos a decisão de abrir mão de um legado que faz parte da história de Alagoas, ao invés de buscar soluções para viabilizar a empresa.

Prioritariamente, o Sindjornal já acionou o seu departamento jurídico e vai trabalhar incansavelmente para garantir que todos os direitos dos trabalhadores sejam respeitados. 

Sobre as possíveis demissões, o sindicato espera que sejam apenas boato. Porque não é justo que pais e mães de família que dedicaram tanto trabalho à empresa sejam penalizados por erros que não cometeram.


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