INVESTIGAÇÃO
Guardas municipais mentem sobre liberação de jovem
O delegado responsável pelas investigações sobre o caso do jovem encontrado morto após ser detido por guardas municipais de Branquinha quer que os envolvidos apresentem provas concretas sobre a soltura da vítima.
Durante interrogatório realizado pelo delegado Signey Tenório, os guardas municipais informaram que a soltura teria sido feita às 6h do dia seguinte em que Wanderson Alves dos Santos, 18, apareceu em um vídeo sendo espancado.
Embora afirmem não ter envolvimento com a morte, os homens identificados como Jaelson Ferreira da Silva, 25, e Carlos Roberto da Silva, 29, não apresentaram documentação confirmando a versão apresentada. Além disso, teriam induzido testemunhas a mentir durante interrogatório.
"Ele [jovem] teria dormido na sede da guarda, o que não poderia, já que não tinha nenhum tipo de prisão formalizada", relatou o delegado.
Ambos vão responder por fraude processual por terem induzido três testemunhas a mentir afirmando que presenciaram a liberação de Wanderson.
Um mandado de prisão temporária foi representado pelo delegado de Murici, Sidney Tenório, e decretado pela juíza da cidade Emanuela Bianca Porangaba. Os suspeitos ficarão presos por 30 dias.
Outras testemunhas devem ser ouvidas nos próximos dias, entre eles, o coordenador da Guarda Municipal e o proprietário da arma calibre 12 que estava em posse dos guardas.