DE SAÍDA

Braskem apresenta plano de fechar mina de sal em Alagoas

Conforme a petroquímica, os trabalhadores serão todos mantidos;operação é apontada como responsável por rachaduras em casas vizinhas
Por Redação com Exame 27/06/2019 - 11:00
Atualização: 27/06/2019 - 11:38

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Luke Sharrett/Bloomberg
Companhia solicitou à Agência Nacional de Mineração o encerramento das atividades
Companhia solicitou à Agência Nacional de Mineração o encerramento das atividades

A petroquímica Braskem apresentou à Agência Nacional de Mineração (ANM) um plano para fechar a mina Salgema, em Maceió, onde a companhia produz o sal-gema, uma matéria-prima usada na cadeia do plástico.

O complexo está no centro de um debate sobre as possíveis causas de rachaduras em casas dos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro, onde mais de 600 famílias foram removidas pela Defesa Civil. 

As rachaduras começaram no ano passado e, de acordo com o Serviço Geológico Brasileiro (CPRM), são decorrência de abalos causados pelos poços de extração de sal no município.

A Braskem está realizando estudos aprofundados sobre o que pode ter causado as rachaduras e diz que, sem eles, é impossível apontar responsabilidades. 

Ainda assim, em nota à EXAME, a companhia informou ter apresentado “um plano para fechar todas as minas porque entende que não tem mais licença social para operar na região”. Ou seja, pela oposição social à sua operação.

A Braskem opera três plantas: a mina de sal-gema e a de cloro-soda, ambas paralisadas, e a de PVC, que atualmente trabalha com insumo importado. 

No total, são mais de 500 funcionários em todo o complexo, dos quais cerca de 300 trabalham nas duas unidades paradas desde maio, quando foi divulgado laudo do CPRM. 

Desde então, a companhia tem importado sal para abastecer sua unidade de produção de PVC em Maceió.


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