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Manipulação oficial ameaça posse dos eleitos para o comitê do Rio Piauí

Por Redação 17/09/2019 - 11:33

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Francisco Guerra, procurador geral do Município de Penedo, faz parte da chapa eleita
Francisco Guerra, procurador geral do Município de Penedo, faz parte da chapa eleita

Embora tenha sido eleita por uma margem incontestável de votos, a nova diretoria eleita do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piauí está sendo impedida de tomar posse simplesmente porque o resultado não agradou à cúpula da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Alagoas - SEMARH. 

Encabeçada pelo Dr. Francisco Guerra, Procurador Geral do Município de Penedo e pela engenheira ambiental Livia Acioly, da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano de Arapiraca, a chapa eleita até agora não foi reconhecida pela SEMARH apesar da eleição já ter sido realizada há quase um mês (19 de agosto).


A demora no reconhecimento do resultado da eleição que foi realizada no município de Teotônio Vilela sem qualquer contestação oficial durante o processo propriamente dito, está sendo atribuída a pressões indevidas feitas pela chapa perdedora que, segundo informações, tem laços políticos com a atual administração da SEMARH.

A situação ficou mais estranha a partir do momento em que a SEMARH, a quem cabe a responsabilidade administrativa de conduzir as eleições para os comitês alagoanos de bacias hidrográficas não forneceu à chapa vencedora qualquer informação sobre supostos recursos de contestação do processo eleitoral já precluso e, consequentemente, não abriu vistas a tais recursos, nem tampouco forneceu qualquer esclarecimento adicional sobre a demora suspeita em reconhecer os resultados do processo de escolha que foi realizado em ambiente público. com a presença de mais de duas dezenas de instituições.

Para agravar a situação e como forma de diluição da omissão clara em relação aos seus deveres administrativos como condutora legal do processo de renovação dos comitês, a SEMARH encaminhou a “batata quente” para a reunião que se realiza nesta terça-feira, 17, do Conselho Estadual de Recursos Hídricos.

O fato de ter delongado sem justificativa o reconhecimento das eleições para o comitê do Piauí poderá resultar em contestações de todo o processo de renovação das diretorias dos comitês de bacias hidrográficas, principalmente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Coruripe que foi realizado sem qualquer processo prévio de mobilização, abrindo a possibilidade de que venha a ser contestada judicialmente por falta de transparência e por impedir a ampla participação dos setores de usuários de águas e da sociedade civil nesses processos como manda a Lei 9.433, conhecida como Lei Nacional das Águas.


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