feminicídio
Acusado de matar Joana Mendes vai continuar preso até julgamento
A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) julgou, na manhã desta quarta-feira, 30, o pedido de Arnóbio Henrique Cavalcante, acusado de matar a ex-companheira a facadas, de aguardar o julgamento em prisão domiciliar.
Cavalcante esfaqueou o rosto da professora Joana Mendes mais de 30 vezes no dia 5 de outubro de 2016. O caso chocou o Brasil. No entanto, os desembargadores negaram o pedido do réu mantendo sua prisão preventiva e a pronúncia a júri popular.
“Sabemos que a prisão domiciliar, mesmo com uso da tornolezeira eletrônica, não é o suficiente para impedir uma tentativa de fuga e de deslocamento", disse Julia Mendes, irmã da vítima.
O crime foi cometido após o acusado, que não aceitava o fim do relacionamento, ter marcado um encontro com a vítima para conversar sob o pretexto de assinar divórcio de maneira amigável assim como acordo de pensão para o filho menor, então com dois anos.
Em um trecho de uma rua no bairro de Santo Eduardo, ele desferiu mais de 30 facadas no rosto da vítima, desfigurando-a. O assassinato brutal de Joana ganhou repercussão ao chamar atenção para um dos tipos mais comuns de feminicídio praticados no Brasil: crime hediondo cometido contra a mulher decorrido de um ex-companheiro que se sente “desautorizado”.