MANCHAS DE ÓLEO
Fuzileiros navais começam a limpar rio que divide Alagoas e Pernambuco
Grupamento com 600 militares chegou ao Porto de Suape, em Recife, no domingoFuzileiros navais iniciaram nesta terça-feira, 12, a limpeza do Rio Persinunga, que fica na divisa entre os estados de Alagoas e Pernambuco. O grupamento, com cerca de 600 militares chegou ao porto de Suape, em Recife no domingo, 10.
Desde o começo da manhã, as equipes estão mergulhando no estuário para retirar as manchas. A retirada do petróleo do rio se torna mais difícil por conta da densidade da água, que dificulta a visibilidade, e da variação das marés.
A maior parte do combustível se concentra nas margens do rio, próximo à ponte da divisa, localizada entre as rodovias PE-60 e a AL-101. Antes do mergulho, os militares ainda realizam a análise para identificar o melhor horário para os dias de operação.
Em entrevista ao Diário de Pernambuco, o capitão de Fragata Luiz Felipe de Almeida explicou que "mesmo com a água turva existe uma visibilidade mínima, então o mergulhador chega bem perto ao solo para conseguir visualizar".
Ainda segundo o capitão, a maior dificuldade é a diferença entre rio e mar. "É diferente do mar, onde a gente consegue ver a mancha na superfície. Por isso, é importante a ação de mergulho para detectar a presença do óleo". Luiz Felipe de Almeida coordena a força-tarefa de ações especiais.
Em Alagoas, cinco municípios ainda registram manchas de óleo, segundo o último mapeamento, divulgado pelo Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) que monitora o derramamento de óleo no litoral do Nordeste e do Espírito Santo.
O relatório cita as cidades de Japaratinga, Barra de São Miguel, Coruripe, Feliz Deserto e Piaçabuçu. Seis mergulhadores da MB, em cooperação com a Defesa Civil e voluntários locais, também realizaram uma ação de monitoramento na região do Rio Persinunga.