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Alagoas deve ficar sem transporte complementar nesta quarta-feira
Paralisação foi anunciada pelo Sindicato dos Transportadores de Complementares de AlagoasAlagoas vai ficar sem transporte complementar nesta quarta-feira, 27. A paralisação é em protesto ao alto número de veículos irregulares circulando no estado. A categoria alega a perda de 50% no número de passageiros.
A paralisação terá início às 6h de amanhã e foi anunciada pelo Sindicato dos Transportadores de Complementares de Alagoas (Sintrancomp). Segundo o presidente, Maércio Ferreira, o prejuízo para a categoria aumenta todos os dias.
"Um veículo de Ibateguara com destino a Maceió com o valor da passagem a R$20 está viajando com 3 ou 4 passageiros. Eles não podem deixar de rodar mesmo com essa quantidade visto que somos fiscalizados pela Arsal”, explica ao EXTRA.
O líder da categoria teme a extinção de algumas linhas intermunicipais devido a baixa demanda de passageiros graças ao transporte irregular.
Além disso, o custo por viagem aumentou, visto que os veículos contrataram seguro de passageiros. “Se o estado não tomar uma providência, de certeza algumas linhas devem deixar de existir”, destaca.
Ainda de acordo com Maércio Ferreira, apenas a Arsal tem realizado a fiscalização dos veículos. O líder sindical ainda pede a participação dos demais órgãos de fiscalização de trânsito no combate ao problema.
“Só a Arsal tem feito a fiscalização. Queríamos que a SMTT e o BPTran também participasse mais ativamente desse trabalho”, finaliza.
O movimento grevista está marcado pra se concentrar no Terminal Rodoviário de Maceió, localizado no bairro do Feitosa, e seguirá em carreata até o Palácio do Governo, Tribunal de Justiça, Arsal (Agência Reguladora de Serviços Públicos), Assembleia Legislativa e Ministério Público.
Histórico dos irregulares
Em março deste ano, a Prefeitura de Maceió determinou que linhas convencionais do serviço complementar intermunicipal da Região Metropolitana de Maceió não poderiam mais parar nos pontos de ônibus da cidade.
A ação foi incentivada pela quantidade de veículos complementares que realiza o transporte irregular de passageiros dentro de Maceió. Pouco tempo depois, em abril, a Justiça suspendeu a portaria. A decisão atendeu a uma Ação Civil Pública impetrada pela Prefeitura de Pilar.