PENDÊNCIAS

Municípios de Alagoas terão repasse do FPM bloqueados pela União

Créditos da 2ª parcela de setembro serão depositados para prefeituras sem pendências
Por Tamara Albuquerque 20/09/2021 - 06:11
Atualização: 20/09/2021 - 07:15
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Agência Brasil
FPM será bloqueados a municípios com pendências com a União
FPM será bloqueados a municípios com pendências com a União

As prefeituras brasileiras recebem hoje os créditos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), referentes ao 2º decênio de setembro de 2021. Ao todo, mais de R$ 886 milhões devem ser destinados aos cofres municipais. No entanto, nem todos os entes vão contar com o recurso nesta etapa. Em todo o país 52 municípios não receberão parcelas por terem pendências com a União. Entre os municípios alagoanos apenas Anadia e União dos Palmares estão nessa situação. No caso de União dos Palmares, o bloqueio é fruto de processo burocrático, segundo o Fundo.

Em Alagoas, o repasse da parcela do Fundo será de  R$ 16.085.717,53 em valor líquido, cabendo para Maceió R$3.031.555,41 e para Arapiraca R$ 692,5 mil. Para 29 municípios do estado com o coeficiente de 0,6 na partilha do fundo o valor a ser depositado na segunda-feira será de R$ 64,8 mil.


A Confederação Nacional de Municípios (CNM), que faz os cálculos, informa que o repasse é geralmente o menor
do mês e representa cerca de 20% do acumulado de setembro.  Mas, para 52 cidades no país a parcela do FPM se encontra bloqueadas devido alguma pendência junto à União. Quando isso ocorre, a previsão constitucional é de retenção do repasse até que a pendência seja regularizada. 

Na maioria dos casos, o bloqueio acontece por conta do não pagamento de parcelas de renegociação com o INSS ou com a Receita Federal. O FPM  corresponde a cerca de 90% do orçamento municipal e o bloqueio pode significar atrasos de pagamento a fornecedores, a prestadores de serviço. 

Os principais motivos para bloqueio do FPM são: ausência de pagamento da contribuição ao Pasep; débitos com o Instituto do Seguro Social (INSS) e com a inscrição da dívida ativa pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), além da falta de prestação de contas no Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde (Siops).

O Fundo de Participação dos Municípios garante que 22,5% dos recursos oriundos do Imposto de Renda e do IPI sejam destinados aos municípios. Isso ocorre com o objetivo de promover um equilíbrio econômico entre estados e entes municipais. A reportagem do EXTRA aguarda o retorno dos assessores dos dois municípios alagoanos sobre as medidas que estão sendo adotadas para desbloquear a parcela do FPM.

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