MORTA EM 2012
Restos mortais de Roberta Dias são sepultados após nove anos de espera
Restos mortais estavam sendo periciados para serem usados como prova
Os familiares de Roberta Costa Dias conseguiram realizar nesta terça-feira, 16, após nove anos de espera, o sepultamento da ossada da jovem que foi assassinada em abril de 2012 e teve seu corpo enterrado entre o Pontal do Peba, em Piaçabuçu, e o município de Feliz Deserto.
Os restos mortais foram autorizados no dia 26 de outubro para serem liberados pelo Instituto Médico Legal. A decisão foi assinada pelo juiz juiz Nelson Fernando de Medeiros Martins, titular da 4ª Vara Criminal de Penedo.
Os restos mortais da jovem Roberta Dias, encontrados em abril deste ano no município de Piaçabuçu, estavam sendo periciados para serem usados como prova. Apesar de o Instituto Médico Legal ter tomado os trâmites legais para o encaminhamento do cadáver para os parentes, a família só poderia retirar a ossada do órgão depois que a Justiça autorizasse.
Muito abalada, Mônica Costa Reis, recepcionou os demais familiares e amigos de Roberta no velório, onde recebeu o carinho de todos.
“Mesmo depois de nove anos a dor que eu sinto é a mesma daquela do dia em que ela desapareceu com meu netinho na barriga. É muito triste dar adeus a quem amamos e ainda mais assim, nessas circunstâncias. Que minha filha e meu neto possam descansar em paz e que a Justiça seja feita”, declarou a mãe de Roberta.
Após um momento de oração e homenagens, a urna com a ossada de Roberta seguiu para o município de Piaçabuçu, local onde fica o jazigo da família Dias.
O caso
O caso Roberta Dias, desaparecida em abril de 2012, sofreu reviravolta em maio de 2018, quando um áudio mostrando o diálogo de duas pessoas vazou. Na gravação, que chegou a ser periciada pela Polícia Federal, Karlo Bruno confessa que participou do sequestro da vítima e que a matou asfixiada com o emprego de um fio de extensão de som automotivo, crime praticado na presença do namorado e pai do filho que a jovem esperava.
Após análise do áudio, o Ministério Público de Alagoas concluiu também que a sogra de Roberta Dias, Mary Jane, “foi a mentora e financiadora da empreitada criminosa”.
A avó do filho da jovem e Karlo Bruno foram denunciados por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima); ocultação de cadáver e aborto provocado por terceiro.
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