SAÚDE PÚBLICA
Médico filmado xingando mulher de porca no HGE é afastado de suas funções
Caso ganhou repercussão no fim de semana depois que mulher encontrou larvas na sonda do filho
Foi afastado nesta terça-feira, 21, de suas funções o médico que xingou a mãe de um paciente de porca durante seu expediente no Hospital Geral do Estado (HGE), informou o secretário de estado da Saúde, Alexandre Ayres, na manhã desta terça-feira, 21.
"Diante dos vídeos divulgados pela imprensa alagoana, onde um servidor público do Hospital Geral do Estado agride verbalmente a acompanhante de um paciente, determinamos a imediata abertura de processo administrativo disciplinar e a suspensão preventiva do profissional por 30 dias", escreveu o secretário.
O caso ganhou repercussão no fim de semana. A mãe gravou o vídeo em uma ala do principal hospital público de urgência e emergência do estado, relatando ter encontrado larvas na sonda utilizada pela criança de 12 anos, que se recupera de uma pneumonia.
Durante a gravação, feita no dia 13 de dezembro, o médico se aproxima com os braços levantados, gritando "deixe de ser histérica! Não seja porca"
"Vamos resguardar o direito à ampla defesa e do contraditório ao profissional de saúde, mas não abriremos mão da continuidade do foco na humanização e do respeito ao cidadão em nossos hospitais", twittou Alexandre Ayres.
Por meio de nota encaminhada à imprensa, o HGE informou que a mãe tem se mostrado insatisfeita com a velocidade da evolução clínica do paciente e que a criança "apresenta comorbidades prévias e congênitas associadas". A nota, no entanto, não menciona as larvas (leia a nota na íntegra ao final do texto).
O Hospital Geral do Estado (HGE) informa que o paciente J.W.D.B, 12 anos, encontra-se internado sob os cuidados da pediatria. Esclarece que a criança foi admitida já com o quadro pelo qual vem recebendo tratamento, não sendo permitida a divulgação deste diagnóstico, como forma de preservar a integridade da criança.
Acrescenta que, a despeito das conversas diárias da equipe multidisciplinar, a mãe tem se mostrado insatisfeita com a velocidade da evolução clínica do paciente. Entretanto, a criança apresenta comorbidades prévias e congênitas associadas, que tornam o tratamento mais prolongado, mas, ainda assim, observa-se melhora clínica significativa no paciente.
Ressalta ainda que a comunicação tem sido um foco importante do tratamento, compartilhando o plano terapêutico junto da mãe, como forma de permitir que ela tome conhecimento da abordagem atual, bem como dos próximos passos.
Por fim, reforça que há um esforço constante em melhorar a comunicação, a assistência e a relação com o paciente e a família, de modo que nos colocamos sempre à disposição para esclarecimentos.
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