CRIME EM PARIPUEIRA

Falta de laudo do IML trava processo por cinco anos

Justiça intima SSP a entregar exame pericial de neto que matou delegado da PF
Por José Fernando Martins 15/01/2022 - 13:02
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Corpo de Milton Omena sendo recolhido pelo IML
Corpo de Milton Omena sendo recolhido pelo IML

No próximo dia 27 completa cinco anos do assassinato do delegado aposentado da Polícia Federal Milton Omena. O autor do crime foi o neto, Milton Omena Neto, de 28 anos, que alega ter agido em legítima defesa. De lá para cá, a ação judicial de número 0700023-56.2017.8.02.0072 não evoluiu devido a um empecilho: a falta de um laudo do Instituto Médico Legal (IML) que comprovaria que Neto teria sido agredido pelo avô durante discussão mais acalorada, situação em que temeu pela própria vida e se defendeu com uma faca. 

Porém, o documento simplesmente ficou desaparecido por anos. Segundo o advogado Thiago Pinheiro, assistente de acusação, o procedimento em crimes de homicídio exige duas fases. “A primeira vai até a sentença de pronúncia e a segunda é o júri. Mas, até agora, o processo não passou da primeira fase em razão da omissão estatal, o que gera indignação na família do delegado assassinado”, disse o advogado. 

Milton Neto matou o delegado Milton Omena após discussão em que o acusava de ser responsável pela morte de Márcia
Milton Neto matou o delegado Milton Omena após discussão em que o acusava de ser responsável pela morte de Márcia

No dia 21 de janeiro de 2020, quase quatro anos após o crime, a Justiça acionou o secretário de Segurança Pública de Alagoas (SSPAL), para que junto ao IML, remetesse ao juízo o exame de corpo de delito do acusado no prazo de cinco dias, o que não foi obedecido. 

Já no dia 13 de abril daquele mesmo ano, foi pedido para que o advogado informasse o recebimento do laudo. Caso houvesse uma resposta negativa, o juiz André Luís Parízio Maia Paiva destacou que seria necessário oficializar o caso à Corregedoria Geral da Justiça (CGJ). E foi o que acabou acontecendo.

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