ESTUDOS GEOLÓGICOS

Vistoria para mapear áreas de risco nos Cânios do Xingó devem ser concluídas até terça

Estudos da Defesa Civil estão concentrados na Gruta do Talhado
Por Bruno Fernandes 17/02/2022 - 13:01
Atualização: 17/02/2022 - 13:04
A- A+
Divulgação/CPRM
Mapeamento foi encomendado após acidente no capitólio
Mapeamento foi encomendado após acidente no capitólio

Os trabalhos para o mapeamento de risco em áreas turísticas nos Cânions do Xingó, localizados entre os estados de Alagoas e Sergipe devem ser concluídos até a próxima terça-feira, 22, informou a Defesa Civil de Alagoas nesta quinta-feira, 17.

De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, o objetivo do trabalho na região é desenvolver uma metodologia de identificação de áreas de risco e prevenir acidentes como o ocorrido em Capitólio (MG) em janeiro deste ano.

Em Alagoas e Sergipe, a vistoria acontece após os gestores locais solicitarem uma operação integrada no Xingó com a participação das Defesas Civis dos dois Estados, com apoio do Corpo de Bombeiros, Marinha e outros órgãos competentes.

Os estudos estão concentrados na Gruta do Talhado, que fica no lago criado com a construção da represa da hidroelétrica de Xingó, e que recebe cerca de 600 mil turistas ao ano.

Ainda de acordo com a Defesa Civil, os locais onde acontecem os banhos e a ancoragem de embarcações serão 100% vistoriados e, embora possuam sinalizações, os geólogos também precisam atestar essa segurança para garantir a segurança.

Acidente em capitólio

No dia 8 de janeiro, uma rocha se desprendeu das paredes e atingiu a lancha Jesus, que levava turistas. Outros pilotos de lancha tentaram avisar, mas não conseguiram. Os 10 mortos estavam hospedados em São José da Barra (MG) e eram familiares e amigos uns dos outros.

Após o caso de Capitólio, o CPRM destacou que, conforme a legislação, mapeamentos de risco feitos pelo órgão contemplam exclusivamente regiões com imóveis voltados à ocupação humana, como casas, prédios, hospitais, escolas e comércio. Para vistoriar áreas turísticas não urbanizadas, o órgão precisa ser acionado pelos governos locais.

Publicidade


Encontrou algum erro? Entre em contato