ECONOMIA

Maceioenses possuem a terceira pior renda média do Brasil

Dados foram divulgados pelo Observatório das Metrópoles em parceria com a PUC
Por Bruno Fernandes 08/04/2022 - 13:09
Atualização: 08/04/2022 - 13:20
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Agência Brasil/ Marcelo Casal JR
Dinheiro em espécie
Dinheiro em espécie

Os maceioenses têm a 3ª pior renda média mensal do Brasil com aproximadamente 40% da população recebendo apenas R$158 por mês. Os dados fazem parte de um levantamento do Observatório das Metrópoles, em parceria com a Pontífice Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), divulgado nesta quinta-feira, 7.

O estudo, que leva em consideração o quarto trimestre do ano passado, foi produzido em parceria por pesquisadores da PUC-RS, do Observatório das Metrópoles e da Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL), a partir dos dados da PNAD Contínua trimestral, do IBGE.

De acordo com os dados, 40% da população maceioense considerada mais pobre recebe em média R$ 158, enquanto 50% chega a receber pelo menos R$ 807. A menor porcentagem, de 10%, é dos mais ricos, que recebem mensalmente em média R$ 4.807.

Nordeste

Na comparação macrorregional brasileira, as Regiões Metropolitanas que apresentaram os menores níveis de renda média domiciliar per capita no 4º trimestre de 2021 foram aquelas situadas nas regiões Norte e Nordeste. 

Todas elas apresentaram nível de renda média domiciliar per capita abaixo da média do conjunto das Regiões Metropolitanas. Em ordem crescente, as cinco Regiões Metropolitanas que apresentaram os menores níveis de renda média foram: Grande São Luís [R$ 769,84], Manaus [R$ 811,81], Maceió [R$822,77], Teresina [R$ 852,64] e Recife [R$ 876,89].

As Regiões Metropolitanas que apresentaram os maiores níveis de rendimento médio, situando-se acima da média do conjunto das metrópoles, foram, em ordem decrescente, Florianópolis [R$ 2.090,20], Distrito Federal [R$ 2.041,28], São Paulo [R$ 1.735,88], Porto Alegre [R$ 1.575,65] e Curitiba [R$ 1.557,65].

Brasil

No cenário nacional, a renda média dos brasileiros teve queda histórica em 2021. Nas regiões metropolitanas, o índice foi de R$ 1.378,35 no 4º trimestre de 2021, o pior nível desde 2012.

O estudo também mostra que a renda média do trabalho dos 40% mais pobres da população teve aumento. Em 2020, o valor era de R$ 195. Em 2021, a quantia aumentou para R$ 239.

Apesar da melhora no rendimento dos mais pobres, o estudo ressalta que o grupo ainda não conseguiu recuperar a renda em relação ao período anterior ao início da pandemia. O índice atual é 8,9% menor ao do início de 2020.
Além disso, os dados mostram que, em 2020, o grupo dos 10% mais ricos do país tinha renda média de R$ 6.917. No ano seguinte, o valor caiu para R$ 6.424.

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