ECONOMIA
Venda de gás a R$ 73 atraiu famílias à praça no Benedito Bentes

Pelo menos 200 famílias residentes no bairro Benedito Bentes, em Maceió, puderam comprar gás de cozinha por preço mais acessível nesta quinta-feira, 14. Iniciativa da Federação Nacional dos Petroleiros e seus sindicatos filiados, entre eles o Sindipetro AL-SE, juntamente com o Observatório Social da Petrobrás (OSP), realizaram o “Dia Nacional do Gás a Preço Sem PPI” e a unidade do botijão foi vendida por R$ 73. Na atual conjuntura, com a perda cada vez mais acentuada do poder de compra do alagoano, muita gente esperava desde cedo pela oportunidade de economizar na compra do produto. Atualmente, o botijão é comercializado por R$ 110,00, em média, na capital.
A venda diferenciada, considerada ação solidária, atraiu muitas pessoas à Praça Padre Cícero, mas só 200 famílias foram cadastradas para a compra. Além de facilitar a compra do gás de cozinha, a iniciativa serviu para alertar a sociedade sobre a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que encarece o valor final do gás e dos combustíveis no Brasil. O PPI é modelo adotado pelo governo que alinha o valor da produção dos derivados de petróleo ao preço do barril no mercado internacional, a variação do dólar e aos custos de importação.
Segundo o Ibeps (Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais), o valor de R$ 73 no
botijão de gás foi calculado com base no custo real da Petrobrás, sem está embutido o PPI. Esse
preço, acrescenta o Ibeps, já mantém o lucro da Petrobrás, distribuidores e revendedores.
O diretor do Sindipetro AL-SE, Eduardo Amaro, disse que a categoria defende o fim PPI. " Afinal de contas os custos de produção da Petrobrás possibilitam aliviar o bolso do brasileiro, praticando preços mais justo na gasolina e no gás de cozinha”.
Para justificar a redução dos atuais valores dos derivados, o dirigente aponta as grandes descobertas do pré-sal e a capacidade de refino que permitem ao Brasil ser autossuficiente na produção de petróleo a
baixo custo.