Extinta ação que investigava delegado Paulo Cerqueira por morte de advogado

Foi extinta nesta quarta-feira, 11, pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), a ação penal que tinha como réu o ex-delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, pelo crime de homicídio qualificado.

A decisão foi tomada após recurso apresentado pelo delegado, que passou a ser investigado pela Polícia Federal e posteriormente indiciado após ser acusado pelo juiz Marcelo Tadeu como possível autor intelectual da morte do advogado Nudson Harley, ocorrida em 3 de julho de 2009.relacionadas_esquerda

Informações divulgadas pela imprensa alagoana à época revelam que Antônio Wendel Guarnieri, um dos autores materiais do crime, teria confessado que o delegado o contratou para executar o juiz, que acabou escapando ileso do plano do delegado.

No julgamento, os desembargadores afirmaram reconhecer a ausência de justa causa para o exercício e posterior continuidade da ação penal e determinaram a extinção da mesma.

A denúncia contra Cerqueira havia sido aceita pela juíza Luana Cavalcante de Freitas e publicada no Diário da Justiça Eletrônico do dia 2 de setembro do ano passado, antes disso, ele pediu exoneração do posto de delegado-geral da PC/AL.

Marcelo Tadeu

No dia 9 de abril do ano passado, o juiz aposentado Marcelo Tadeu reuniu a imprensa para dar sua versão a respeito do então inquérito da Polícia Federal que apura a morte do advogado Nudson de Freitas.

Conforme Tadeu, ele seria o verdadeiro alvo dos autores do homicídio. Freitas teria sido morto por engano, já que ambos estavam com roupas parecidas e possuíam características físicas semelhantes.

Marcelo Tadeu contou que, na época do crime, chegou a conversar com Cerqueira e informado que ele teria sido alvo de uma tentativa de assassinato e que deveria prestar depoimentos para colaborar com a investigação. No entanto, conforme Tadeu, "fui ignorado por Cerqueira que insistiu em manter um inquérito que acabou em pizza".

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