QUEBRANGULO

Reserva de Pedra Talhada busca parcerias para evitar fim de espécies e nascentes

Fiscalização é insuficiente para conter invasão de caçadores e o desmatamento numa das áreas mais ricas do estado
Por Tamara Albuquerque 07/05/2023 - 17:10
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Cortesia
Encontro com pássaro despertou em Anita um sentimento de conservação da floresta de Pedra Talhada
Encontro com pássaro despertou em Anita um sentimento de conservação da floresta de Pedra Talhada

Alagoas tem um coração. Um coração de 4,469 hectares encravado num dos pontos mais altos do estado (900m de altitude), com 169 nascentes de água pura que irrigam e abastecem seis municípios, além de renovar a vida do Rio Paraíba. Um coração que é berço para espécies endêmicas [que só existe no local] da flora e da fauna e que também é refúgio para espécies ameaçadas de extinção no planeta.

É nesse coração que vivem, por exemplo, exemplares da rara e maior mariposa do mundo, que mede 30 cm, e de exóticos e exclusivos sapos e pererecas, pássaros, répteis, além de árvores que quase desapareceram pela ação humana.

O coração é a mata de Pedra Talhada, um ecossistema de Mata Atlântica e caatinga que estava fadado a desaparecer do município de Quebrangulo não fosse a obstinação e o amor pela natureza da pesquisadora e bióloga suíça Anita Studer. A bióloga conheceu esse pedaço de mata em 1980 quando fazia no Brasil uma pesquisa pela Unicamp (SP) com gravação de cantos de pássaros. Seu trabalho incluiu o município alagoano e o destino providenciou na mata um encontro inesperado com pássaros anumará (Curaeus forbesi). A espécie havia sido registrada uma única vez, em 1880, pelo pesquisador inglês W.A. Forbes, quando este também esteve em Quebrangulo.

Confira na íntegra, já nas bancas!


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