SEM NEGOCIAÇÃO
Professores de Rio Largo param atividades e vão decidir greve na próxima semana
Prefeito Gilberto Gonçalves se recusa a negociar com a categoria há cinco meses
Professores e técnicos da educação do município de Rio Largo fazem nesta quinta-feira, 11, uma paralisação das atividades por 24 horas no sentido de alertar o poder público, especialmente o gestor Gilberto Gonçalves, para as reivindicações da categoria. Na próxima quarta-feira, dia 17, a assembleia geral com esses servidores pode iniciar na cidade uma greve por tempo indeterminado.
A categoria tem uma pauta longa de reivindicações, mas não consegue um diálogo com o prefeito. Há cinco meses o Sinteal em Rio Largo tenta negociar as questões que prejudicam, desvalorizam os profissionais e leva o ensino a perder qualidade, mas Gilberto Gonçalves não abre as portas do gabinete para negociação.
Professores estão com uma defasagem salarial grande e lutam pela aplicação do piso nacional da educação, que significa um reajuste de 14,95% nos salários de quem começa a carreira. Além disso, a categoria tenta alinhar um reajuste de 38% para os profissionais e garantir 30 horas de trabalho para os vigias, como consta no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração.
O Sinteal denuncia que o prefeito está provocando o inchaço da folha de salários da educação com profissionais contratados, quando deveria nomear quem passou no concurso de 2019 ou fazer novo certame. Atualmente a folha da educação conta com cerca de 2 mil profissionais. O sindicato também denuncia que Gonçalves ignora a gestão democrática, nomeando como diretor de escolas seus aliados políticos e que não cumpre, também, as determinações do Ministério Público Estadual sobre o rateio dos valores do Fundeb, apesar de ter recebido R$ 50 milhões para distribuição com a categoria.