SANATÓRIO
Hospital acumula 5 meses sem receber recursos pela produção realizada ao SUS
Atraso compromete pagamento da folha, de fornecedores e de empresas terceirizadas
Com 80 anos de funcionamento em Maceió, o Hospital Geral Sanatório vive o pior momento da sua história. Localizado no bairro do Pinheiro, no “olho do furacão” do desastre ambiental provocado pela nefasta mineração da Braskem S. A., o hospital perdeu toda clientela particular e com planos de saúde, o que chegou a representar uma receita de R$ 1,4 milhão/mês, restando atender apenas ao SUS (Sistema Único de Saúde).
Desde dezembro do ano passado, no entanto, a instituição não tem recebido os repasses de recursos da produção devidos pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) o que implica em atraso com o pagamento de fornecedores, empresas que prestam serviços terceirizados, compra de insumos e salários de funcionários, dentre outras despesas. Para custear o atendimento à saúde pública, o hospital recebe cerca de R$ 1,5 milhão mensalmente.
A folha salarial, segundo informa o diretor administrativo do hospital, Júlio Bandeira, é de R$ 800 mil. Por falta de pagamento algumas empresas terceiradas pela instituição deixam de cumprir as atividades contratadas. Este mês, por exemplo, cirurgias eletivas foram sendo suspensas ou adiadas porque o elevador do hospital quebrou e o prédio não tem rampas para transportar pacientes. A direção estava negociando o conserto e a manutenção do equipamento com a empresa para restabelecer a agenda de cirurgias.
Júlio Bandeira, no entanto, ameniza a situação preocupante do quadro financeiro do hospital, explica que o novo governo ainda está se adequando e cita fontes de recursos, como o “Mais Saúde” e recursos pagos pela Prefeitura de Maceió, que minimizam o problema financeiro do hospital filantrópico. Hoje, apesar de não receber a produção de cinco meses (dezembro/22 a abril/23), o diretor informa que a instituição tem uma folha e meia em atraso e que vai concluir o pagamento até esta segunda-feira, dia 22.
Publicidade