Obras faraônicas são promessa para atrair votos

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), quer uma obra gigantesca, com bastante concreto, a custo milionário e impacto visual na selva de pedra chamada Maceió. Isso para deixar no chinelo todas as construções da gestão do prefeito JHC (PL). Os dois são opositores declarados, sabem que estas obras não resolvem as graves desigualdades sociais nem na capital muito menos em Alagoas, mas os interesses de ambos se encontram no infinito destas linhas paralelas: as urnas de outubro do próximo ano. 

O Arco Metropolitano de Maceió, assinado por Renan Filho, terá uma pista subindo aos céus, do bairro do Benedito Bentes até a Chã do Pilar. É tratado como “alternativa para aliviar o fluxo de veículos pesados na capital”. Estamos falando de uma área na Via Expressa onde cruzam carros vindos do litoral norte, zona da mata além de quem dirige das partes alta e baixa de Maceió. É para onde Maceió cresce, com forte densidade de novos conjuntos habitacionais e setor de serviços, como a construção de um novo shopping na Cidade Universitária.

A Via Expressa também será duplicada em duas etapas: a primeira até o viaduto da antiga PRF. A segunda até Chã do Pilar. “Isso garantiria a saída da BR316, na Avenida Menino Marcelo, até a BR-101 em pista dupla. Esse Arco vai permitir que os motoristas que venham pela BR-101 possam pegar outras alternativas em pista dupla pela Barra de São Miguel ou Rio Largo, sem entrar na capital”, disse o ministro. 

Mas também existe outra construção que vai impactar – segundo dizem para melhor – o trânsito na região metropolitana: a duplicação da BR-424, próximo a Chã do Pilar até a AL-220, passando no Polo de Marechal Deo - doro. Somando o orçamento destas intervenções nada modestas no trânsito mais a ponte ligando as cidades de Penedo (Alagoas) a Neópolis (Sergipe) serão R$ 429 milhões. Isso também significa milhares de empregos, muito dinheiro para empreiteiras e promessa de votos.

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