DOENÇA ENDÊMICA
Entenda como a meningite pode estar relacionada a infecções respiratórias
Médico alerta para a importância do cuidado com o nariz, a boca e os ouvidos para evitar complicações que podem causar prejuízos à saúde
Por Assessoria
23/10/2023 - 08:25
Atualização: 23/10/2023 - 08:39
Divulgação
Caracterizada por um processo infeccioso e inflamatório que atinge a meninge — membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal — a meningite é uma doença do sistema nervoso que pode ser desencadeada por vários tipos de agentes, incluindo vírus, bactérias e fungos. Segundo o Ministério da Saúde, a doença é considerada endêmica no Brasil.
“É importante saber identificar o problema. Essas doenças, se não tratadas corretamente, podem evoluir com complicações. Dentre elas, a mais grave é a meningite. Em relação aos casos mais recentes registrados em Alagoas, o agente causador tem sido a bactéria meningococo sorotipo B, que pode levar à morte ou causar sequelas, como surdez, paralisia e epilepsia”, alerta.
Ainda de acordo com o médico, problemas podem ocorrer quando as secreções com bactérias decorrentes de uma sinusite ou otite maltratam, atravessam a fina camada que separa a cavidade nasal e o osso do ouvido e, por proximidade, passam para a meninge ou entram na corrente sanguínea, chegando ao cérebro do paciente, causando a meningite.
Vias aéreas superiores e transmissão de bactérias
“O nariz e a boca são os únicos órgãos do corpo humano que têm contato direto e constante com o ambiente externo. Por isso, boa parte das doenças contagiosas são transmitidas através deles, já que a região funciona como receptora de todo tipo de agente infeccioso, inclusive as bactérias”, explica o médico da Hapvida NotreDame Intermédica.
Febre, dor de cabeça, manchas avermelhadas pelo corpo, rigidez de nuca, náuseas, vômitos, letargia, falta de apetite e irritabilidade são alguns dos principais sintomas da meningite, que, geralmente, é transmitida por meio gotículas de saliva, espirro, tosse ou compartilhamento de objetos. Vacinação, diagnóstico rápido, medidas de isolamento e tratamento são as principais formas de combate à infecção.
Confira outras dicas de como se proteger
• Reforce hábitos de higiene, lavando as mãos com frequência, especialmente antes das refeições;
• Mantenha os ambientes bem ventilados e, se possível, ensolarados;
• Se puder, evite conversar muito próximo de outras pessoas e sempre cubra o nariz e a boca ao espirrar ou tossir;
• Não compartilhe utensílios pessoais;
• Atualize o cartão vacinal.
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