PERCA DE SINAL

Rompimento da mina compromete sensor que era usado para monitorar afundamento

Coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió confirmou a perda do referido sensor Mina20
Por Redação 11/12/2023 - 14:28

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Reprodução
Situação da mina 18 após desabamento
Situação da mina 18 após desabamento

Na tarde deste domingo, 10, o rompimento na Mina 18 da Braskem comprometeu o equipamento que vinha sendo usado para monitorar o ritmo de afundamento do solo na área em questão. Até a manhã do domingo, o afundamento acumulado era de 2,35 metros em um intervalo de três semanas. As informações são do site O Globo. 

A Braskem comunicou à Agência Nacional de Mineração (ANM) a perda de sinal de um sensor DGNSS (Sistema Global de Navegação por Satélite Diferencial, em inglês) localizado no entorno da Mina 18, conhecido como "Mina20". Essa perda de sinal ocorreu após o rompimento, comprometendo a análise do deslocamento vertical do terreno, impedindo o acesso aos dados a partir das 14h42 do domingo.

Imagens aéreas registraram o avanço da água da Lagoa Mundaú sobre a passagem de concreto onde o sensor estava posicionado, e o coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió confirmou a perda do referido sensor Mina20 durante um sobrevoo na área.

A Braskem possui um total de 76 equipamentos DGNSS para monitorar a região onde opera 35 minas de extração de sal-gema. Apesar da interrupção do sensor Mina20, outros sensores próximos, como Mina01, Mina04, Mina07 e M35, não indicaram deslocamentos significativos até o momento.

A empresa comunicou à ANM a preparação para a instalação de um novo sensor DGNSS próximo à região do antigo sensor Mina20. Além do monitoramento por satélite, a Braskem utilizava sonares para examinar o estado das minas desativadas. Entretanto, uma semana antes do alerta de colapso da Mina 18, a empresa já enfrentava dificuldades para utilizar o sonar na cavidade afetada.

Segundo relatórios da Braskem, a Mina 18 havia sofrido uma deformação desde 2019 e adquiriu um contorno de "ampulheta", com duas cavidades separadas por uma passagem estreita. A cavidade superior, cujo teto se rompeu no domingo, foi monitorada com sonar pela última vez no dia 4 de novembro, sem apresentar alterações significativas.


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