EM SILÊNCIO

Lira e Pacheco são cobrados pela oposição sobre operação contra Jordy

Deputados da oposição foi quem fizeram as críticas para ambos
Por Redação 19/01/2024 - 15:05
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Agência Brasil
Arthur Lira
Arthur Lira

Parlamentares da oposição estão exigindo uma posição dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em relação à operação da Polícia Federal contra o deputado Carlos Jordy (PL-RJ). Até o momento, ambos os líderes do Legislativo se mantiveram em silêncio sobre o assunto. As informações são do site Gazeta do Povo. 

Jordy foi alvo da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, desencadeada na quinta-feira (18), que resultou na execução de mandados de busca e apreensão em seu gabinete na Câmara e em sua residência em Niterói (RJ). O deputado é líder da oposição na casa e é apontado pela Polícia Federal como suspeito de ser um dos mentores dos protestos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, nos quais manifestantes bloquearam rodovias do país após o segundo turno da eleição presidencial de 2022.

Entre os parlamentares que pressionam por uma manifestação dos presidentes do Legislativo, o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) criticou o Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que o "Parlamento foi novamente achincalhado pelo STF". Van Hattem ressaltou o papel do ministro Alexandre de Moraes nos mandados de busca contra Jordy e questionou o silêncio de Pacheco e Lira, declarando: "Quem cala, consente."

O termo "achincalhado pelo STF" remete à contínua crise entre o Congresso e o Supremo desde o ano anterior, quando o Judiciário passou a julgar casos considerados pelos parlamentares como uma "usurpação de poderes".

Em resposta a essas tensões, o Senado iniciou a análise de projetos que buscam limitar a atuação do STF, incluindo a restrição de decisões monocráticas. Rodrigo Pacheco já adiantou que pretende submeter à votação, ainda neste primeiro semestre, o projeto que estabelece um mandato fixo para os ministros da Corte.

Outros parlamentares, como Maurício Marcon (Podemos-RS) e André Fernandes (PL-CE), também se manifestaram cobrando uma posição firme de Lira e Pacheco contra o que consideram uma "arbitrariedade" na ação contra Jordy. Marcon alertou sobre os riscos de um suposto abismo ditatorial, enquanto Fernandes questionou se a Câmara permanecerá omissa diante da perseguição à oposição.


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