DENUNCIADO PELO MPSP

Homem que matou trans alagoana em SP vira réu e deve ir a júri popular

Lúcio Silva confessou que matou Anna Pantaleão e deixou o corpo dela às margens de uma rodovia
Por Redação 27/02/2024 - 20:23

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Anna Luísa Pantaleão
Anna Luísa Pantaleão

A justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) contra o homem que confessou o assassinato da jovem trans alagoana Anna Luísa Pantaleão, de 19 anos, em São Paulo. O órgão ministerial denunciou Lúcio Douglas Rabelo da Silva pelos crimes de homicídio doloso e ocultação de cadáver e pediu que ele seja levado a júri popular.

Anna Luísa foi encontrada morta às margens de uma rodovia de Pirapora do Bom Jesus, no interior de São Paulo, em setembro do ano passado. O réu, que trabalhava como motorista de transporte por aplicativo, confessou ser o autor do assassinato e já teve prisão preventiva decretada pela Justiça.

Segundo os autos, no dia do crime Lúcio havia combinado um programa com Anna Luísa e teria se desentendido com ela, momento em que teria a matado com golpes de faca dentro do próprio carro. Após ser golpeada, Anna Luísa teria caído sem vida no interior do veículo.

Após cometer o crime, Lúcio ainda teria envolvido o corpo de Anna Luísa em um cobertor e se dirigido até uma rodovia, onde teria estacionado o carro no acostamento da via, puxado o corpo da jovem para fora do carro e o arrastado para dentro de uma mata. No mesmo local, o motorista dispensou a bolsa da vítima e a arma usada no crime.

Segundo o promotor do caso, o motorista teria agido com dolo homicida, com emprego de meio cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.

"O crime foi praticado contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, porquanto envolveu violência doméstica e familiar contra é mulher. Com efeito, embora do sexo biológico masculino, a vítima havia adotado identidade de gênero feminina; ela era conhecida e tratada socialmente como mulher, por seus familiares, amigos e pessoas com quem convivia", cita o promotor.

Ainda não há previsão para data do julgamento do motorista de aplicativo.

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