Nesta segunda-feira, 22, sete papagaios-chauá desembarcaram em Alagoas, provenientes de resgate do tráfico de animais. Após resgate pela Fundação Lymington, em São Paulo, os pássaros iniciarão um período de quarentena no Instituto de Preservação da Mata Atlântica (IPMA), parte do Plano de Ação Estadual para a Conservação do Chauá, liderado pelo Ministério Público de Alagoas.

O promotor de Justiça Alberto Fonseca destaca que os animais serão monitorados durante a quarentena na Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) da Usina Utinga. A transição para um viveiro de reintrodução ocorrerá posteriormente, visando sua adaptação ao habitat natural.

“Essas aves não vão ser soltas na natureza imediatamente. Elas ficarão em um viveiro no IPMA por um tempo até que adquiram as condições necessárias para passarem para um viveiro de reintrodução, quando, em seguida, poderão viver em seu habitat natural”, explicou o promotor de Justiça.

O papagaio-chauá, ave endêmica do Brasil, enfrenta ameaça de extinção devido à perda de habitat e ao tráfico de animais silvestres. Sua presença é restrita à faixa litorânea, de Alagoas ao Rio de Janeiro, região impactada pela ocupação humana.

O processo de reintrodução integra o Plano de Ação Estadual para a Conservação do Chauá, apoiado pelo "Pró-Espécie" do MPAL, programa dedicado à preservação de espécies ameaçadas. Participam do projeto diversas entidades, incluindo MPF, IMA, UFAL, e empresas como Usina Coruripe e Grupo Carlos Lyra.