PRECARIEDADE
Superlotação de pacientes é verificada na Maternidade Santa Mônica
Unidade que atende gestantes de alto risco tem ao menos 25 pacientes acomodadas no improvisoA Maternidade Escola Santa Mônica, única de alto risco do Estado, está superlotada. Nesta quarta-feira, 23, o número de pacientes era superior aos 40 leitos obstétricos existentes na unidade. Profissionais registram um excedente de 25 gestantes, acomodadas em macas e poltronas nos corredores e enfermarias à espera do procedimento.
A presidente do Sindicato dos Médicos, e também obstetra, dra. Sílvia Melo explicou que a unidade estava com "11 gestantes acomodadas em poltronas e 14 no setor de pré-parto, fora a lotação das enfermarias”.
A situação de superlotação de pacientes tem outro agravante, que é o quadro insuficiente de plantonistas para atender a demanda. “O ideal para uma maternidade daquele porte seria quatro obstetras por plantão, no entanto, a escala estava apenas com dois médicos, o que configura sobrecarga”, frisa.
Segundo Sílvia Melo há meses a direção da maternidade e o Sinmed solicitaram das instâncias superiores (Uncisal e Sesau) providências de reforço da equipe, mas não houve resposta favorável, segundo informa a médica.
"O próprio projeto de ampliação da Maternidade Escola Santa Mônica foi elaborado há alguns anos, mas não sai do papel. É urgente que os gestores deem a devida atenção às gestantes que dependem daquele serviço especializado”, clamou.
Um problema relacionado à superlotação de gestantes é a também superlotação de recém-nascidos, alguns com necessidades de assistência mais intensa e que precisam ficar mais tempo na maternidade, tendo suas mães como acompanhantes.
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