ECONOMIA

Rafael Brito critica falta de planejamento urbano em Maceió

Deputado alerta para a possibilidade de perda de recursos e critica abertura do Corredor Vera Arruda
Por Assessoria 17/06/2024 - 15:42

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Assessoria
Rafael Brito no evento Summit Mobilidade
Rafael Brito no evento Summit Mobilidade

O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de Maceió, Rafael Brito (MDB), participou do Gazeta Summit Mobilidade, onde fez críticas à gestão atual da cidade em relação ao planejamento urbano. Rafael Brito destacou a ausência de planos essenciais e o impacto negativo dessa carência na vida dos cidadãos, além da perda de recursos federais para investimentos na capital.

“Temos um problema muito sério de planejamento. Maceió está com o plano de mobilidade urbana atrasado, uma exigência da Lei 12.858 de 2012. Apenas cinco capitais no Brasil ainda não entregaram um plano, e Maceió é a única do Nordeste. A penalidade por isso é a proibição de receber recursos federais para investimentos em mobilidade”, afirmou o deputado.

Rafael Brito destacou que a falta de planejamento afeta diretamente a população. “O Município não fez o planejamento necessário, e quem paga a conta é o cidadão, que agora não tem como receber recursos federais. Além disso, estamos com nosso plano diretor atrasado há 10 anos. Precisamos ouvir a indústria da construção, o varejo, os estudiosos de mobilidade urbana e, principalmente, os cidadãos que precisam de moradia”, enfatizou.

O deputado alertou sobre a possível perda do Corredor Vera Arruda, um importante caminho de mobilidade ativa em Maceió, devido à falta de planejamento. Ele também apontou a dificuldade de acessibilidade, ressaltando que “não há planejamento de calçadas ou acessibilidade”, dificultando a mobilidade dos cidadãos.

“As cidades devem se moldar à necessidade das pessoas e não as pessoas às necessidades da cidade. Parece um clichê, mas não é o que acontece na prática. A ótica é invertida. Estamos prestes a perder o Corredor Vera Arruda, que pode ser aberto sem nenhum planejamento e não vai mudar coisa alguma a longo prazo. Esse tempo no trânsito é o tempo que se perde para estar com os filhos, para estar com a família. Não há nada mais importante do que o tempo da própria vida. Nossa vida é trabalhar, estar com nossa família. Estar preso no trânsito é perda de tempo para todos nós”, enfatizou.

O deputado também mencionou a ausência de um plano de drenagem municipal e um plano municipal de arborização, ambos nunca entregues. “Isso resulta em ações improvisadas que não mudam a vida dos cidadãos. As cidades devem se moldar às necessidades das pessoas, e não o contrário. Essa inversão de prioridades é um clichê na teoria, mas não é o que ocorre na prática”, criticou.

Para ele, é essencial abrir o diálogo e envolver todos os setores da sociedade na busca por soluções. “Precisamos parar de colocar o problema debaixo do tapete. Esse problema afeta a todos nós e só será resolvido com a participação da academia, dos especialistas, da sociedade civil e do mercado”, concluiu.


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