INVESTIGAÇÃO
Veja como funcionavam golpes aplicados por contador preso em Maceió
Homem falsificou a própria certificação de óbito para se livrar de condenações da Justiça![Contador falsificou sua própria certidão de óbito para se livrar de condenação Contador falsificou sua própria certidão de óbito para se livrar de condenação](https://img.dhost.cloud/q7uONZaSCCWjIOPhdnxKTnj7CI4=/700x429/smart/https://ojornalextra.us-east-1.linodeobjects.com/uploads/imagens/2024/06/tamanho-destaque-do-site-3.png)
O contador de 57 anos preso no bairro da Ponta Grossa, em Maceió, na última quinta-feira, 20, é acusado de falsificação de documentos e estelionato. A Polícia Civil informou que o homem é especialista nesses crimes e já responde na Justiça Estadual e Federal.
O contador falsificou a própria Certidão de Óbito para evitar condenação na Justiça Federal. Ele estava sendo processado por receber valores indevidos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Com a falsa morte, o processo havia sido extinto.
A certidão de óbito o aponta como morto desde 2014. Desde então, o contador tem falsificado identidades, utilizado outros nomes, aplicado outros golpes e se livrado de possíveis processos. O delegado da Dracco Igor Diego Vilela afirma que o homem se aproveitava da profissão de contador para enganar os clientes.
“Fazia a contabilidade das empresas desses clientes e, mensalmente, passava os valores dos tributos que deveriam ser pagos. Os clientes passavam os valores para ele e ele apresentava, posteriormente, os comprovantes dos pagamentos desses tributos. Depois de muitos anos foi verificado que, na verdade, todos aqueles boletos e comprovantes de pagamentos apresentados por ele aos clientes eram falsos. Ou seja, ele falsificava esses boletos e comprovantes de pagamentos”, expõe o delegado, em entrevista à imprensa.
Por causa disso, o contador passou a ser investigado, tendo as empresas e os proprietários vítimas em diversos processos judiciais instaurados contra o suspeito. Segundo a Polícia Civil de Alagoas, ele é suspeito de pertencer a uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos.
"Ele praticava estelionatos, fraudes contra a previdência, recebendo valores indevidos também da previdência e falsificava documentos públicos. Também praticou fraude processual ao juntar essa certidão de óbito aos diversos processos. Ele vive de praticar esses crimes contra a fé pública, também contra a administração pública, desviando patrimônio público, recebendo indevidamente da previdência”, diz a autoridade policial.
Foragido, ele foi localizado pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO). A equipe de investigação foi comandada pelo delegado Igor Diego.