JULGAMENTO ADIADO
Kleber Malaquias: real atirador não foi denunciado, diz defesa de acusados
Ainda conforme Fernando Falcão, novos depoimentos devem mudar rumos da investigaçãoO advogado Fernando Falcão, defesa dos réus acusados de matar o empresário Kleber Malaquias, ao EXTRA, informou nesta quarta-feira, 17, que novos depoimentos deram conta que o verdadeiro atirador, que executou Malaquias, ainda não foi pronunciado no processo.
O julgamento de Fredson José dos Santos, Edinaldo Estevão de Lima e José Mario de Lima Silva iria acontecer hoje, mas foi adiado para o dia 19 de setembro para apresentação de novas provas por parte da defesa. Segundo Falcão, essas novas testemunhas podem mudar a investigação.
"O delegado, que preside o inquérito ainda em curso para apurar a autoria intelectual do homicídio de Kleber Malaquias, ouviu três pessoas cujos relatos apresentam uma dinâmica completamente diferente do que havia sido inicialmente investigado", apontou.
E emendou: "Um dos réus deste processo confessou pela primeira vez estar presente no local onde ocorreu o crime, identificando o atirador, que não faz parte dos acusados neste caso".
Falcão ainda não poupou críticas ao Ministério Público de Alagoas (MPAL), que acusou a defesa de tumultuar o processo apresentando novos fatos e supostas provas fora do prazo estipulado.
"É preocupante o Ministério Público considerar essa prova como sendo apresentada tardiamente, quando o objetivo do processo penal é determinar a responsabilidade dos verdadeiros culpados", disse ao EXTRA. E finalizou: "A pessoa que matou Kleber não está aqui".
O caso
Três dos seis acusados, Fredson José dos Santos, Edinaldo Estevão de Lima e José Mario de Lima Silva iriam enfrentar hoje, 17, o júri popular no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, localizado no Barro Duro, em Maceió.
Segundo as investigações, Fredson teria sido o executor do crime, enquanto José Mario e Edinaldo são acusados de participação no homicídio.
O mandante do crime ainda é um mistério.Os promotores de Justiça Tácito Yuri, Lídia Malta e Kleber Valadares solicitam a condenação dos três por homicídio duplamente qualificado, devido à impossibilidade de defesa da vítima e ao crime cometido mediante promessa de recompensa.