Alagoas deve ter, até 2025, cerca de 1.380 casos de câncer de mama feminino - sendo 690 por ano. A estimativa é de um estudo do Instituto Nacional do Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, que serve como um alerta especialmente neste sábado, 19, quando é lembrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama.

Segundo o estudo, o câncer de mama é o mais incidente nas mulheres alagoanas, depois do câncer de pele não melanoma, que tem 860 casos novos previstos por ano até 2025. Em terceiro aparece o câncer no colo do útero, com estimativa de 370 casos anuais.

Em todo o Brasil, o cenário é de 73.610 mil novos casos de câncer de mama por ano até 2025. O cálculo para estabelecer as estimativas é analisado a partir dos casos novos, vindos dos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP), e no número de óbitos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Ao todo, são projetadas as ocorrências para 21 tipos de câncer mais incidentes no país.

Prevenção

Várias condições podem influenciar na ocorrência do câncer. Fatores externos ou internos ao organismo contribuem para o desenvolvimento da doença. As causas externas estão relacionadas ao meio ambiente, hábitos, costumes e qualidade de vida. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas e estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas.

Como medidas que podem contribuir para a prevenção primária da doença estão praticar atividade física, manter o peso corporal adequado, adotar uma alimentação mais saudável e evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcóolicas. Além disso, amamentar é também um fator protetor.

O autoexame de mama é um passo importante para prevenir o câncer de mama, pois permite identificar alterações e nódulos precocemente, aumentando as chances de cura, assim como a mamografia de rastreio, que é indicada para mulheres a partir dos 40 anos e deve ser realizada anualmente.

A indicação da realização da mamografia de rastreio antes dos 40 anos deve ocorrer no caso de haver familiar de primeiro grau, que pode ser mãe, irmã ou filha, com diagnóstico de câncer de mama. O exame também é indicado antes dos 40 anos nos casos de diagnóstico de câncer de ovário em familiar de primeiro grau, em qualquer faixa etária, ou familiar homem com diagnóstico de câncer de mama, independentemente da idade.

"No caso, por exemplo, de uma paciente que teve a mãe com câncer de mama aos 40 anos, o rastreio dessa mulher inicia 10 anos antes da idade em que a mãe teve o câncer diagnosticado, ou seja, a partir dos 30 anos, nessa situação hipotética. Também vale citar que o sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular”, reforçou a oncologista Rafaella Toledo, que atua no Hospital da Mulher (HM), em Maceió.

Como fazer o autoexame

Em pé: de frente para o espelho, observar o bico dos seios, a superfície e o contorno das mamas. Em seguida, levantar os braços e verificar se há alguma alteração.

Deitada: apalpar a mama esquerda com a mão direita com movimentos circulares suaves, apertando levemente com a ponta dos dedos. O mesmo se faz com o outro lado.

No banho: com a pele molhada ou ensaboada, elevar o braço direito e apalpar a mama suavemente com a mão esquerda estendendo até a axila. O mesmo se faz com o outro lado.

Caso sinta algum nódulo ou mudança na textura ou tamanho, procure um médico ginecologista.