MUDANÇAS
Uncisal deixa de usar Sisu e prepara seleção própria; entenda
STF julgou inconstitucional bonificação na nota de estudantes do mesmo estado da instituiçãoA Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) não vai aderir ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) em 2025 para o ingresso de novos alunos. Isso porque o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional a bonificação dada na nota de estudantes oriundos do estado onde estão situadas as unidades de ensino.
Em Alagoas, uma lei estadual garante bonificação de 10% na nota dos estudantes alagoanos, uma forma de incentivar o ingresso no ensino superior. Para fazer valer essa lei, a Uncisal deixará o Sisu e fará uma seleção própria, que terá como parâmetro a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A outra universidade estadual, a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), informou que vai permanecer no Sisu, mas avalia a saída deste processo por causa de "outras questões”. Com a permanência, os candidatos que disputarem vaga na Uneal não poderão se valer do critério regional.
Já a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) também vai permanecer no Sisu e sem critério regional. Em reunião nessa terça-feira, 5, a Ufal aprovou a adesão dos cursos de Medicina dos campi A.C. Simões e de Arapiraca ao Sisu 2025.
Mesmo com a adesão ao Sisu, o Conselho Superior definiu a formação de uma comissão que vai buscar uma solução para dar continuidade à política de desenvolvimento regional, ou seja, um processo que substitua o bônus regional e garanta mais oportunidade para alagoanos e alagoanas.
A pró-reitora de graduação, Eliane Barbosa, ressalta o impedimento legal e que a Ufal não decidiu acabar com o bônus regional. “Queremos deixar claro que temos um impedimento legal, e isso tem que ficar claro para todos nós. O STF diz que o critério de origem não pode ser utilizado para diferenciar o acesso à educação - e isso não só para a Ufal, é para todas as instituições. Isso precisa estar efetivamente claro para todos nós. O bônus não pode existir”, explica. “Realmente, temos de encontrar uma saída viável, seja com processo seletivo próprio ou não”, completou a pró-reitora.