MUDANÇAS

Uncisal deixa de usar Sisu e prepara seleção própria; entenda

STF julgou inconstitucional bonificação na nota de estudantes do mesmo estado da instituição
Por Redação 08/11/2024 - 18:27

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Uncisal, em Maceió
Uncisal, em Maceió

A Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) não vai aderir ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) em 2025 para o ingresso de novos alunos. Isso porque o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional a bonificação dada na nota de estudantes oriundos do estado onde estão situadas as unidades de ensino.

Em Alagoas, uma lei estadual garante bonificação de 10% na nota dos estudantes alagoanos, uma forma de incentivar o ingresso no ensino superior. Para fazer valer essa lei, a Uncisal deixará o Sisu e fará uma seleção própria, que terá como parâmetro a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A outra universidade estadual, a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), informou que vai permanecer no Sisu, mas avalia a saída deste processo por causa de "outras questões”. Com a permanência, os candidatos que disputarem vaga na Uneal não poderão se valer do critério regional.

Já a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) também vai permanecer no Sisu e sem critério regional. Em reunião nessa terça-feira, 5, a Ufal aprovou a adesão dos cursos de Medicina dos campi A.C. Simões e de Arapiraca ao Sisu 2025. 

Mesmo com a adesão ao Sisu, o Conselho Superior definiu a formação de uma comissão que vai buscar uma solução para dar continuidade à política de desenvolvimento regional, ou seja, um processo que substitua o bônus regional e garanta mais oportunidade para alagoanos e alagoanas. 

A pró-reitora de graduação, Eliane Barbosa, ressalta o impedimento legal e que a Ufal não decidiu acabar com o bônus regional. “Queremos deixar claro que temos um impedimento legal, e isso tem que ficar claro para todos nós. O STF diz que o critério de origem não pode ser utilizado para diferenciar o acesso à educação - e isso não só para a Ufal, é para todas as instituições. Isso precisa estar efetivamente claro para todos nós. O bônus não pode existir”, explica. “Realmente, temos de encontrar uma saída viável, seja com processo seletivo próprio ou não”, completou a pró-reitora.

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