TRÁFICO DE DROGAS
Quem era o delator do PCC que saiu de Maceió com R$ 1 mi e foi morto em SP
Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC e réu em processo por lavagem de dinheiroAntonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC e réu em processo por lavagem de dinheiro, foi executado a tiros no Aeroporto de Guarulhos, sexta-feira, 8, após retornar de Maceió. Ele havia fornecido informações sobre o tráfico de drogas e corrupção policial e prometia mais revelações.
Gritzbach estava envolvido em um esquema de lavagem de R$ 30 milhões oriundos do tráfico, usando imóveis e postos de gasolina. Seu assassinato é considerado uma queima de arquivo, motivada pela delação. As investigações indicam que ele tinha temores sobre sua segurança devido ao vazamento de suas informações.
Antes de se envolver com o PCC, Gritzbach era corretor de imóveis no Tatuapé e começou a fazer negócios com Anselmo "Cara Preta", traficante de alto escalão. Eles transacionaram imóveis e criptomoedas, mas a relação se deteriorou quando Gritzbach não devolveu R$ 200 milhões investidos em criptomoedas.
O ataque aconteceu por volta das 16h, quando Gritzbach desembarcava no Terminal 2, acompanhado de sua namorada. Ele trazia uma mala com R$ 1 milhão em joias, que não foram roubadas. Durante o tiroteio, um motorista de aplicativo também foi baleado e morreu no sábado, 9.
Os tiros foram disparados por dois homens em um Gol preto, que atacaram Gritzbach com um fuzil calibre 765. Embora ele tenha sido atendido pelo Corpo de Bombeiros, não resistiu aos ferimentos. A morte gerou novas investigações sobre a conduta dos policiais militares que faziam a escolta de Gritzbach, os quais foram afastados.
A namorada de Gritzbach foi identificada pela polícia, mas fugiu antes da chegada das autoridades. O corpo de Gritzbach foi enterrado no domingo. 10, no Cemitério Parque Morumby, em cerimônia restrita à família.