O Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL) apresentou denúncia contra o pai de Maria Katharina Simões da Costa, de 10 anos, encontrada morta em um estábulo em Palmeira dos Índios no dia 8 de julho deste ano. 

Apesar de a perícia ter descartado a hipótese de assassinato, a promotoria responsabiliza o pai por criar um ambiente de maus-tratos e abandono que culminou no desfecho.

Uma reprodução simulada da morte, divulgada em 15 de outubro, concluiu que a menina era capaz de amarrar sozinha a corda que foi encontrada ao redor de seu pescoço, afastando indícios de participação direta do pai no ato. 

Contudo, o promotor Luiz Alberto de Holanda Paes Pinto destacou que o comportamento negligente e abusivo do genitor contribuiu diretamente para o ocorrido.

De acordo com a denúncia, o pai teria deixado Maria Katharina sozinha em casa em situação de vulnerabilidade e submetido seus filhos a maus-tratos constantes.

Entre as práticas denunciadas está a chamada “tortura-castigo”, que incluía forçar as crianças a passar noites e madrugadas nas baias dos cavalos como forma de punição.