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Alagoas não tem empresas registradas que não passem pela Junta Comercial
Presidente da autarquia comemora o menor tempo para abertura de empresas em sua história“Não há empresa registrada em Alagoas que não passe pela Juceal. É legalmente impossível”. A afirmação, do presidente da Junta Comercial do Estado de Alagoas (Juceal), Ricardo Dória, mostra como a autarquia é fundamental para o desenvolvimento econômico do estado.
Segundo o presidente, independentemente do porte, do tipo ou da natureza jurídica, os cadastros empresariais são incorporados ao acervo de 131 anos da Junta Comercial, entidade responsável pelos processos de abertura, alteração e baixa de negócios. A Juceal também é responsável pela administração da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) no estado.
Atualmente, o banco de dados da Juceal conta com registro de 559.693 empresas, sendo 288.280 com registro ativo. Desse número, 181.159 são microempreendedores individuais (MEI), 75.160 são microempresas (ME), 15.328 são empresas de pequeno porte (EPP) e 16.633 são consideradas sem porte.
“Toda entrada do empreendedor no estado de Alagoas passa pela Junta Comercial. Desde o seu início, a concepção do seu nome e onde ela vai funcionar. Inclusive, estamos com projetos novos que facilitarão mais ainda a vida do empresário”, ressalta Dória.
O andamento do processo empresarial é feito por meio do Portal Facilita Alagoas, que engloba as etapas de consulta prévia de viabilidade, preenchimento dos dados empresariais, preenchimento da Ficha de Cadastro Nacional (FCN), geração do contrato, entrada da documentação e acesso ao processo autenticado. É por meio do portal que todas as naturezas jurídicas de responsabilidade da Junta Comercial formalizam os seus processos de forma 100% online.
Com o registro feito por meio do Portal do Empreendedor, de responsabilidade da Receita Federal, o MEI também conta com seus dados repassados à Juceal automaticamente após o registro. As informações são necessárias também porque, depois do registro, o MEI precisa ter acesso à inscrição municipal e, nos casos de comércio, à inscrição estadual, o que é feito pelo Facilita Alagoas.
“A Juceal não é mais aquele órgão cartorário. Hoje a gente não utiliza papel, sendo tudo feito de forma online. Além disso, o andamento não fica somente aqui, é uma grande rede que envolve outras entidades, outras secretarias e todas as prefeituras do nosso estado. Depois do registro aqui, automaticamente essa informação chega à Receita Federal, ao Corpo de Bombeiros, à Secretaria da Fazenda, podendo ser acessada também pelas outras instituições de licenciamento e pela prefeitura responsável. Não tem como abrir um negócio sem passar pela Juceal, então é aqui o início desse desenvolvimento, o começo da geração de emprego e renda”, detalha.
O gestor explica que, além de oferecer esse ambiente de registro 100% digital e com comunicação com as entidades de administração tributária e licenciamento, os serviços da Junta são oferecidos de maneira extremamente ágil.
De acordo com a Redesim, Alagoas atingiu, neste ano, o menor tempo médio da história do estado para abertura de uma empresa, a 10 horas e 24 minutos. A diminuição desse tempo é algo contínuo nos últimos anos: eram necessárias 64 horas e 42 minutos para se constituir um negócio em 2019, 58 horas 10 minutos em 2020, 50 horas e 13 minutos em 2021, 19 horas e 35 minutos em 2022 e 13 horas e 37 minutos em 2023.
Para abrir uma empresa, são necessários quatro passos: consulta prévia de viabilidade, preenchimento da FCN, geração do contrato e análise por parte da Junta Comercial. Atualmente, esse andamento pode ser subdividido em 6h11 para resposta quanto à consulta prévia de nome e localização, 0h03 para validação cadastral no sistema e 4h10 para análise da Juceal.
Com um registro empresarial consolidado de forma digital, o próximo passo é a total desburocratização do processo para licenciamento dos negócios. E o presidente da Juceal revela que esse ambiente será o foco no próximo ano com a chamada fase 2 da Redesim no Estado, em que serão automatizadas consultas prévias para mais municípios e implementadas novas integrações totais com sistemas de entidades de licenciamento, como a Vigilância Sanitária.