Segurança Transfusional
Santa Casa de Maceió adota sorologia para dengue em doações de sangue
Testes garantem mais segurança para doadores e receptores em meio aos casos da doença no estadoEm um passo pioneiro na segurança transfusional, a Santa Casa de Maceió passou a realizar, desde o dia 21 de outubro, testes sorológicos para dengue em todas as doações recebidas no Banco de Sangue da instituição. A medida foi adotada em resposta à recente identificação de casos de contaminação por dengue em transfusões de sangue realizadas em hospitais do Sul do país, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em depósitos de água parada. Mas, ela também pode ser transmitida por transfusão sanguínea, já que entre 60% e 80% das pessoas infectadas com dengue não apresentam sintomas ou têm infecções subclínicas.
“Apesar de não haver previsão, recomendação ou obrigatoriedade de se realizar sorologia para dengue em sangue doado no Brasil por parte da Anvisa e Ministério da Saúde, nós já implantamos na rotina como parte da qualificação dos sangues doados na Santa Casa de Maceió”, afirmou Cláudia Mello, responsável técnica do Banco de Sangue.
“Agora, todos os nossos doadores são testados para evitar que os pacientes corram o risco de pegar uma dengue pós-transfusional. Esse novo procedimento visa aumentar ainda mais a segurança dos pacientes que recebem sangue na instituição”, completou.
Ao integrar a sorologia para dengue à rotina de qualificação dos sangues doados, a instituição busca reduzir ao máximo os riscos de transmissão do vírus, reforçando a proteção de seus pacientes. A medida ganha relevância diante do cenário epidemiológico brasileiro, onde surtos de dengue são recorrentes.
Além do teste para dengue, o Banco de Sangue da Santa Casa realiza uma série de outros exames para garantir a segurança das transfusões. Os testes incluem HIV, HTLV, Chagas, Hepatite B, Hepatite C, VDRL e o NAT. Todos os exames são realizados após a doação, no momento em que as amostras são colhidas do sangue doado. “Em caso de detecção de algum dos vírus, o sangue é descartado e o doador é imediatamente informado e orientado, como também ele é encaminhado para o serviço que vai tratá-lo”, destacou Cláudia.