Doze servidores do Instituto Médico Legal Estácio de Lima, em Maceió, anunciaram no domingo, 15, a exoneração em massa das funções de chefia em protesto contra a falta de negociação por parte do Governo do Estado de Alagoas. A entrega dos cargos está marcada para as 11h desta segunda-feira, 16.

A medida afeta 12 das 14 chefias do IML e pode gerar impactos nas atividades do instituto, incluindo atrasos na identificação de corpos por DNA, prejudicando famílias em busca de seus entes desaparecidos, além de afetar o recebimento do Seguro DPVAT (Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito).

Em nota, os servidores expressaram solidariedade às famílias, mas destacaram que a situação dos policiais científicos tornou-se insustentável devido à ausência de respostas do governo estadual. "Pedimos desculpas à população pelos transtornos", afirmaram.

A principal reivindicação da categoria é a incorporação da Bolsa Qualificação na classe inicial de cada cargo e a correção do percentual no interstício de dispersão entre as classes, buscando igualar as condições de trabalho dos profissionais da Polícia Científica às demais categorias da Secretaria de Segurança Pública.

Os Sindicatos dos Peritos Oficiais de Alagoas (Sinpoal) e dos Técnicos Forenses (Sintfor), que representam os profissionais, seguem buscando alternativas para viabilizar as negociações com o governo estadual, na esperança de resolver a situação e evitar novos prejuízos à população.