Desigualdade racial
Brancos ganham, em média, 56% mais que pretos e pardos em Alagoas, diz IBGE
Primeiro grupo ganha, em média, R$ 461 a mais que o segundo grupoPessoas brancas ganharam, em média, 56% a mais que pretos ou pardos em Alagoas no ano de 2023. É o que apontam os dados sobre renda per capita divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, os brancos tiveram renda média per capita de R$ 1.440, enquanto pretos ou pardos receberam, em média, R$ 979. Quando consideradas as rendas medianas, o grupo pretos ou pardos tem renda per capita de R$ 671 e os brancos de R$ 878 - 30,8% maior.
A mediana indica que a maioria das pessoas em cada grupo está ganhando menos do que a média e essa diferença é uma indicação de que a renda está mais concentrada no grupo de pessoas brancas.
Para os pretos ou pardos, a mediana mais baixa sugere uma maior concentração de pessoas com rendas mais baixas, o que indica que há uma desigualdade mais profunda nesse grupo.
Aumento em relação a 2020
A desigualdade salarial entre brancos e pretos ou pardos, em média, aumentou ligeiramente em comparação com 2020. Naquela época, o rendimento médio dos brancos era de R$ 883 e dos pretos ou pardos, de R$ 568.
A desigualdade entre os rendimentos médios de brancos e pretos ou pardos aumentou ligeiramente em termos absolutos (de R$ 315 para R$ 484), mas manteve-se estável em termos percentuais (55%-56%).
Já o rendimento mediano dos brancos era de R$ 404 e o de pretos ou pardos, de R$ 344 -- ou seja, os brancos tiveram um rendimento mediano 17% maior que os pretos ou pardos.
Com relação à mediana, a desigualdade aumentou significativamente tanto em termos absolutos (de R$ 60 para R$ 245) quanto percentuais (de 17% para 45%).
Embora os rendimentos de todos os grupos tenham aumentado entre 2021 e 2023, a disparidade entre brancos e pretos ou pardos persiste e até se agravou na mediana, evidenciando uma desigualdade racial estrutural.