MACEIÓ
Justiça condena integrante da Alvirrubro por matar torcedor do CSA
Cláudio Lopes cumprirá pena de 18 anos pela morte de torcedor que comemorava vitória do CSA em 2017A Justiça condenou nesta quinta-feira, 30, o integrante da torcida Comando Alvirrubro- do Clube de Regatas Brasil (CRB) José Cláudio Lopes dos Santos Júnior, conhecido como Júnior, pelo assassinato do torcedor da Macha Azul, do Centro Sportivo Alagoano (CSA) Clebson da Silva Aureliano, crime ocorrido em 2017 em Fernão Velho, Maceió. O réu foi condenado a 18 anos e nove meses de reclusão, sendo os dois anos e um mês de reclusão atribuídos ao crime de disparo de arma de fogo, conforme o artigo 14 da Lei 10.826/03.
O Ministério Público de Alagoas (MPAL), defensor do maior direito fundamental, a vida, representado pela promotora de Justiça Adilza Freitas, convenceu o Conselho de Sentença de que o crime foi cometido com frieza, por motivo fútil e que impossibilitou a defesa da vítima.
No dia do crime, Clebson Aureliano dirigia-se para casa, uniformizado, com outros torcedores do CSA. Eles estavam comemorando a conquista do título de campeão do CSA na Série C. Ao passar pela Rua Bela Vista, no bairro de Fernão Velho, em Maceió, a vítima deparou-se com um grupo da torcida organizada do CRB, sendo encurralado e surpreendido pelo réu.
Cláudio Lopes, incentivado por outros e furioso com a presença do torcedor rival, foi buscar a arma em casa e, antes de atingi-lo, efetuou vários disparos para o alto causando tumulto e desespero aos moradores da região.
Consta nos autos que, além de integrar a torcida organizada, o réu tem envolvimento com o tráfico de drogas, portanto, considerado um risco para a sociedade. José Cláudio já havia sido condenado duas vezes por crimes dolosos, histórico de criminalidade que impossibilitaria a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
O assassinato de Clebson Aureliano foi considerado extremamente danoso para a sua família, visto que a vítima tinha cinco filhos, todos de menoridade. O julgamento e condenação do integrante da torcida Comando Alvirrubro serve de alerta para os que participam dos enfrentamentos das organizadas e estão dispostos a cometer os mesmos tipos de crimes tomados por um fanatismo incontrolável e que tem amedrontado a sociedade alagoana, segundo o Ministério Público de Alagoas.