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MPF reforça transparência e controle nas compras de insumos de saúde
Decisões garantem que municípios insiram dados no Banco de Preços.jpg)
O Ministério Público Federal (MPF) tem atuado para assegurar maior transparência e controle nos gastos com insumos de saúde em Alagoas. Em dezembro de 2022, foram propostas ações civis públicas contra o Estado e 24 municípios, buscando a regularização da inserção de informações no Banco de Preços em Saúde (BPS), ferramenta essencial para o acompanhamento e fiscalização dos valores praticados nas compras públicas.
Desde então, sete municípios firmaram acordos judiciais com o MPF: São Miguel dos Milagres, Passo de Camaragibe, Paripueira, Murici, Japaratinga e Branquinha. Esses compromissos preveem medidas como:
. Inserir, no prazo de 60 dias, os dados de todas as aquisições de insumos de saúde no BPS, com atualização mínima a cada dois meses;
. Consultar o BPS para guiar os processos de compra, verificando se os preços estão compatíveis com os registrados na plataforma;
. Informar à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) sobre eventuais casos de preços abusivos praticados por fornecedores;
. Garantir ampla publicidade ao acordo, divulgando seu teor e um resumo acessível à população nos portais oficiais e sedes administrativas.
Em relação ao Estado de Alagoas e outros sete municípios (União dos Palmares, Satuba, Porto Calvo, Pindoba, Matriz de Camaragibe, Coqueiro Seco e Capela) já há sentenças que determinam a adoção dessas providências. Já para os municípios de São José da Laje, Joaquim Gomes, Ibateguara, Flexeiras e Cajueiro, liminares foram concedidas com as mesmas obrigações. Nos casos de São Luís do Quitunde, Messias, Novo Lino, Colônia Leopoldina e Campestre, as ações seguem em tramitação, aguardando decisão judicial.
A procuradora da República Roberta Bomfim destaca que “o objeto da política pública de transparência trazida pelo Banco de Preços em Saúde é justamente a redução dos gastos efetuados pelos entes federativos e que a mera inserção de dados em sistema informatizado é medida que não exige dispêndio, mas o evita”.
Com essa atuação, o MPF reforça o compromisso com a transparência, a eficiência na gestão da saúde pública e a proteção dos recursos destinados à população, garantindo que os municípios alagoanos adotem boas práticas de controle e prevenção contra abusos de preço e irregularidades nas aquisições de medicamentos e insumos.