Chuvas intensas
Maceió está na lista de alerta da Defesa Civil por risco de inundação
Sedec articula ações para mitigar danos com temporais e aponta áreas para monitoramento especial
A região Nordeste se prepara para os eventos extremos dos próximos meses com base nas previsões feitas pelos órgãos de monitoramento do Governo Federal. Em uma reunião virtual realizada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) na quinta-feira (13), a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) articulou as principais previsões para ações de mitigação e resposta que os estados devem adotar já nos próximos dias.
Um dos principais pontos discutidos na reunião foi o alerta do Inmet, que prevê chuvas mais intensas na região norte do Nordeste nos próximos dias, especialmente na bacia hidrográfica do Parnaíba, impactando cidades como São Luís, Teresina, Fortaleza e regiões próximas.
Além disso, ao longo dos próximos meses, será necessário um acompanhamento especial das regiões metropolitanas de Recife, Salvador, João Pessoa e Maceió, que podem enfrentar riscos de inundações e deslizamentos de terra. Essas previsões serão reavaliadas nos próximos dias.
A coordenadora-geral de Gestão de Processos do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Júnia Ribeiro, destacou os esforços para apoiar os municípios, capacitar novos gestores e fortalecer a formação das defesas civis locais. “Esse trabalho é fundamental para que os municípios estejam preparados para enfrentar emergências. Neste início de ano, intensificamos os esforços para apoiar os municípios, capacitar novos gestores e fortalecer a formação das defesas civis locais, em parceria com o Ministério Público", afirmou.
Operação Carro-Pipa
Embora algumas áreas do Nordeste possam enfrentar chuvas intensas, há previsões de precipitações abaixo da média em determinadas regiões nos próximos meses. Esse cenário traz um alerta para o semiárido, onde episódios de estiagem podem se intensificar.
Representante da Defesa Civil da Bahia, Juliana Evangelista enfatizou a importância desses encontros virtuais para o planejamento e a atuação coordenada. “Essas reuniões de monitoramento são essenciais para nos dar um direcionamento sobre como agir diante dessas situações. Nossa principal preocupação é o semiárido, e reforçamos a necessidade de fortalecer a Operação Carro-Pipa (OCP) para ampliar nossa capacidade de enfrentamento da seca no estado”, pontuou.
Em Alagoas, a operação atende a 33 municípios castigados pela escassez hídrica com uma população de 132.539 pessoas vivendo sem suficiência de água potável.