Anelise Silva Santos, conhecida como Lili Nelore, e seu companheiro, José Tiago Nunes, foram presos em 18 de dezembro de 2023 pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) por porte ilegal de arma de fogo. O revólver estava escondido dentro de um veículo modelo Amarok. O casal foi conduzido à Central de Flagrantes, mas o caso permaneceu obscuro até recentemente.

A confirmação da prisão só chegou quase dois anos depois à advogada Adriana Mangabeira Wanderley, que representa duas meninas, de 14 e 10 anos, filhas de Anelise. A advogada recebeu a informação oficialmente através da Corregedoria Nacional da PRF, em Brasília. "Fiz várias solicitações à PRF de Maceió, mas não me respondiam. Precisei acionar Brasília para obter a confirmação da prisão. Agora, tenho em mãos um documento oficial que pode ser um divisor de águas na luta pela proteção das minhas sobrinhas e do patrimônio delas", afirmou Adriana.

O episódio da prisão reforça as graves acusações contra Anelise. O Ministério Público de Alagoas (MPAL) investiga a empresária sob suspeita de dilapidar o patrimônio deixado pelo marido falecido, Flávio José Mangabeira Wanderley, comprometendo o futuro das filhas. A denúncia foi encaminhada por Adriana à Promotoria de Justiça de Proteção da Criança e do Adolescente de Maceió.

No processo, a advogada alega que, desde a morte de Flávio em julho de 2022, Anelise vem se desfazendo de bens que deveriam garantir a segurança financeira das crianças. Segundo Adriana, os recursos estariam sendo usados para bancar uma vida de ostentação e festas ao lado de José Tiago Nunes, que tem um histórico criminal. De acordo com informações, José Tiago não seria réu primário, já tendo sido preso supostamente por envolvimento em assaltos a cargas na região de Chã do Pilar. Na abordagem que resultou na prisão do casal, Anelise teria assumido a posse da arma para evitar que o namorado, reincidente, enfrentasse consequências mais severas.