MEDO
'Não quero virar estatística', diz mulher que teve apartamento incendiado
Empresário Marcello Gusmão de Aguiar Vitório foi solto na terça-feira
“Não quero virar estatística.” A frase é de Mariana Maia, empresária que teve o apartamento incendiado em Maceió. Após a soltura do ex-namorado, o empresário Marcello Gusmão de Aguiar Vitório, acusado pelo crime, ela gravou um vídeo nas redes sociais demonstrando medo e indignação com a decisão judicial.
Mariana afirmou que vinha tentando retomar sua rotina, mas disse estar em pânico com a liberação de Marcello, decidida pela Justiça de Alagoas na terça-feira, 22. Segundo a defesa da vítima, o Ministério Público não teria se manifestado dentro do prazo legal.
"O promotor do caso perdeu o prazo para ratificar a denúncia e o juiz soltou o Marcello no dia de hoje, sem tornozeleira, eu não tenho botão de pânico. Eu temo pela minha vida, preciso de ajuda!!", afirmou.
A empresária relatou ainda que teme por sua vida e pela segurança da família e que se sente presa em casa, enquanto "o acusado está em liberdade, sem tornozeleira eletrônica ou outra medida de monitoramento, podendo inclusive deixar o estado".
Marcello foi indiciado por tentativa de homicídio, violência psicológica, dano e incêndio após o episódio ocorrido em fevereiro. Ele se entregou cinco dias após a prisão ser decretada e permaneceu detido por 64 dias.
A empresária também denunciou que foi ameaçada pela ex-sogra, a advogada e servidora pública Ana Maria Gusmão. Mariana divulgou prints com mensagens em que Ana Maria promete fazer de sua vida um “inferno” e a chama de “vagabunda”. Em tom desafiador, ela afirma: “Sou advogada, me processe.”
No mesmo perfil, Mariana expôs um áudio que atribui a Marcello, citando agressões, ameaças e perseguições ao longo do relacionamento. Segundo ela, foi impedida de trabalhar com política, alvo de chantagens e violência mesmo após o fim do namoro.
Ela relatou que a conversa com o ex ocorreu em setembro de 2024, quando atuava como produtora de conteúdo em uma campanha eleitoral. Após ser agredida, terminou o relacionamento e foi bloqueada em aplicativos, mas recebeu mensagens por SMS.
A empresária afirmou que a medida protetiva determinada pela Justiça não é suficiente para garantir sua segurança. Em apelo às autoridades, disse estar com medo e questionou o que ainda pode acontecer: “Pelo amor de Deus, me ajudem. Justiça, eu peço socorro.”