INVESTIGAÇÃO

Padrasto de menino de dois anos morto nega acusações; veja o depoimento

Padrasto de menino de dois anos morto negou as acusações
Por Redação 15/05/2025 - 14:03
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Reprodução
O menino Rhavy, que tinha 2 anos de idade
O menino Rhavy, que tinha 2 anos de idade

A Polícia Civil de Alagoas está investigando a morte do menino Rhavy Abraão Alves de Lima, de apenas dois anos, ocorrida na manhã da última terça-feira, 13, dentro da residência onde morava com a mãe e o padrasto. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a criança sofreu trauma hepático grave e apresentava lesões compatíveis com agressão, caracterizando a morte como resultado de uma ação criminosa.

O padrasto da criança, que foi o único adulto presente no imóvel no momento da ocorrência, foi preso em flagrante e teve a prisão preventiva decretada durante audiência de custódia realizada nesta quarta-feira, 14. Ele nega qualquer envolvimento na morte do enteado e afirma nunca ter agredido a criança, física ou verbalmente.


O que diz o padrasto

Em depoimento prestado à Polícia Civil, o suspeito relatou que acordou entre 9h30 e 9h40 após o filho mais velho da companheira alertá-lo de que Rhavy não estava acordando. Ele afirma ter encontrado o menino no chão, sem sinais de respiração.

“Tive que virá-lo e percebi que sua fisionomia estava alterada. Coloquei-o na cama e comecei a fazer respiração boca a boca. Quando vi que ele não reagia, liguei imediatamente para a mãe dele, que estava na casa da irmã após ir à academia”, declarou.

Segundo ele, a mulher teria deixado a residência entre 6h e 7h da manhã e a ligação para ela foi feita por volta das 10h. A mãe do menino tentou acionar um transporte por aplicativo, mas, diante da demora, acabou pedindo socorro a uma viatura da Polícia Militar que passava pelo local.

Lesões incompatíveis com acidente

O corpo de Rhavy foi inicialmente examinado por um perito, que identificou uma mancha nas costas da criança. A princípio, cogitou-se que a marca poderia ser um livor cadavérico, processo natural após a morte. No entanto, a análise posterior no IML confirmou que se tratava de uma equimose (mancha roxa) na região da coluna vertebral, além de lesões severas na coluna, que, de acordo com o laudo, podem ter sido causadas por uma pisada forte ou um golpe contundente.

Essas lesões teriam provocado a ruptura do fígado da criança, resultando em hemorragia interna no abdômen — causa da morte, segundo os exames.

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