Aos poucos, o verde esperançado vai tomando as paredes internas e externas ao nosso redor, a partir do diálogo franco e da lucidez, em prol do bem-estar de todos e todas. É com essa premissa que, em Maceió, haverá o “II Seminário Alagoano de Cannabis Medicinal” nesta sexta-feira (13), no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), no Centro, das 9h às 13h.

Com entrada franca, o encontro será no 5º andar do prédio antigo do TJ, no Plenário Desembargador Gerson Omena Bezerra.

O tema este ano é “Cannabis Medicinal é um Direito Social”, promovendo acesso à saúde, ao conhecimento, à cultura e à dignidade através da referida planta, com presença nas mesas temáticas do desembargador do TJ/AL, Tutmés Airan, e da médica Carolina Nocetti, referência-mor hoje no país sobre o assunto.

O evento é uma atividade toda ela gratuita, contando com duas mesas temáticas: “Direito Social” e “Cannabis Medicinal”. Vale salientar que, para receber o certificado de carga horária de 5h pelo CRF/AL, é preciso preencher o formulário e assinar o nome na recepção do Tribunal.

Essa 2ª edição do Seminário está sendo organizado pela Associação Liamba de Plantas Medicinais, em parceria com o Poder Judiciário de Alagoas; Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seccional Alagoas; Conselho Regional de Farmácia de Alagoas (CRF/AL); Coordenadoria dos Direitos Humanos; Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (RENFA); e Raíza Carnaúba Quintela Advocacia.

“Esta nova edição do Seminário vem para ampliar ainda mais o diálogo, 'varrer o preconceito' e corroborar o fato de que a cannabis medicinal é um direito de todos e todas, que deve ser preservado, respeitado e garantido de forma legítima. Os avanços relatados em recentes pesquisas mostraram inúmeros benefícios para muitas frentes, desde o Parkinson ao Autismo, desde a ansiedade à insônia, desde a concentração ao apetite. Nosso papel com este evento é desmistificar essa planta e dar acesso à medicina que provém dela”, pontua Letícia Ravelly, farmacêutica e diretora da ONG.

Tendo feito 2 anos de existência em abril, a Associação Liamba é sem fins lucrativos e foi idealizada por ativistas que acreditam não só no poder medicinal, mas também no aspecto que confere transformação social por meio dessa planta.

Recentemente, a ONG esteve em audiências nas Câmaras de Vereadores de Maceió e Arapiraca, com a mesma pauta. “Nosso foco é levar acesso à cannabis com gestão de cuidado, orientação e respeito. Essa planta salva vidas”, reforça Letícia.

MESAS PRINCIPAIS

A partir das 9h, a mesa “Direito Social” contará com participantes como o desembargador do TJ/AL, Tutmés Airan; o advogado criminalista e professor universitário Roberto Moura; a advogada e assessora parlamentar da Câmara de Maceió, Jeysilla Iandza Nascimento; a educadora popular e diretora de Articulação Política e Cultural da Liamba, Érika Nicácio; o defensor público de Alagoas, Daniel Alcoforado; farmacêutico, professor e presidente do CRF/AL, Daniel Fortes; e o ex-deputado estadual Lobão — este último que é autor da Lei Estadual nº 8.754/22 pelo acesso universal aos tratamentos de saúde com cannabis e seus derivados em Alagoas, além de investimentos em pesquisa.

Já a mesa “Cannabis Medicinal” começará logo em seguida e receberá autoridades no tema como a médica, consultora e professora de cursos de extensão sobre Cannabis Medicinal na Unicamp e Unifesp, Carolina Nocetti; a servidora pública, feminista e antiproibicionista Jandira Nicácio; a farmacêutica e diretora da Associação Liamba, Letícia Ravelly; a advogada e vice-presidente da Comissão de Cannabis Medicinal da OAB/AL, Raíza Carnaúba Quintela; e a mãe de crianças atípicas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Ana Paula Marques, representando a sociedade civil.

O evento é literalmente aberto ao público e terá, ao final, microfone aberto para quem almeja dar algum depoimento. Uma ótima oportunidade para compartilhar uma outra visão sobre a cannabis em nosso Estado; uma nova visão que vem se clareando.