ECONOMIA

FIEA critica tarifa de 50% dos EUA sobre exportações do Brasil

EUA foram terceiro maior destino das exportações de AL em 2024, somando mais de US$ 61 milhões
Por Bruno Fernandes 11/07/2025 - 13:41
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CNI
FIEA critica tarifa de 50% dos EUA sobre exportações do Brasil
FIEA critica tarifa de 50% dos EUA sobre exportações do Brasil

A Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA) classificou como injustificável a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos às exportações brasileiras. A entidade destacou impacto direto sobre o setor sucroalcooleiro local, especialmente no envio de açúcar ao mercado norte-americano.

Segundo dados do Observatório da Indústria, em 2024 os EUA foram o terceiro maior destino das exportações de Alagoas, somando mais de US$ 61 milhões. Em 2025, o município de São Miguel dos Campos respondeu por mais de 90% dos embarques de açúcar ao país.

O presidente da FIEA, José Carlos Lyra de Andrade, defendeu que prevaleça o diálogo diplomático para proteger empregos e investimentos no Brasil e manter relações estratégicas com os EUA.

"É essencial que o diálogo diplomático e comercial prevaleça, com vistas à manutenção de uma relação estratégica entre os dois países e à proteção dos empregos e investimentos no Brasil", disse em nota encaminhada à imprensa.

Entenda

A medida anunciada pelo presidente Donald Trump, na quarta-feira, 9, entra em vigor em 1º de agosto. Ela será aplicada de forma automática, elevando custos e reduzindo a competitividade dos produtos brasileiros no mercado norte-americano.

Trump justificou a decisão alegando barreiras impostas pelo Brasil e desequilíbrio comercial. Ele também citou críticas ao Supremo Tribunal Federal e o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro como fatores políticos que influenciaram a tarifa.

O governo brasileiro reagiu convocando o encarregado de negócios da embaixada dos EUA para prestar esclarecimentos. O presidente Lula afirmou que o Brasil não aceitará medidas unilaterais e usará a Lei de Reciprocidade Econômica.

Lideranças do PT e ministros condenaram a tarifa. Já o ministro do STF, Flávio Dino, defendeu a atuação do tribunal, afirmando que as decisões seguem a Constituição e as leis brasileiras.


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