transfobia
Estudante denuncia Ufal por exibir “nome morto” em sistema interno
Nefertiti Souza, aluna do curso de História, denunciou a situação em suas redes sociais
Uma estudante da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) denunciou publicamente, nesta quinta-feira, 10, um suposto caso de transfobia envolvendo a instituição. Nefertiti Souza, aluna do curso de História, relatou nas redes sociais ter se deparado com seu nome morto — o nome de registro anterior à retificação — ao tentar emitir o comprovante de matrícula no Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA), mesmo após já ter atualizado seus documentos oficiais.
“Quando fui emitir hoje, às 4 horas da tarde, o meu comprovante de matrícula, infelizmente estava lá o meu nome morto. Mais uma vez, essa universidade tentando provar que a lei não vale dentro dela”, declarou.
Ela também afirma que já enfrentou outras situações semelhantes dentro da universidade e cobra medidas institucionais que assegurem o respeito às identidades trans.
Em nota enviada à imprensa, a Universidade Federal de Alagoas afirmou que, até o momento, o Departamento de Registro e Controle Acadêmico (DRCA) não recebeu nenhuma solicitação formal de adoção do nome social por parte da estudante. A instituição também explicou que, como Nefertiti ingressou novamente na universidade em 2025, seria necessário fazer uma nova solicitação vinculada à matrícula atual.
“A Ufal respeita o uso do nome social por pessoas trans, mas é necessário que sejam seguidos os procedimentos internos. Com o novo ingresso, era necessário ter feito a nova solicitação, sobretudo porque as normativas foram atualizadas. Em 2023, com a Resolução 114/2023-CONSUNI, ao adotarmos um novo sistema, ajustamos de forma mais consistente o atendimento para esta opção de uso do nome social”, destacou o DRCA.