ALVO DE OPERAÇÃO
Bolsonaristas de AL reagem a ação da PF contra Bolsonaro: "Ditadura"
Cabo Bebeto, Alfredo Gaspar e Thiago Prado criticam tornozeleira e restrições ao ex-presidente
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impôs o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gerou reações de aliados políticos em Alagoas. Parlamentares como o deputado federal Alfredo Gaspar de Mendonça (União-AL), o deputado estadual Cabo Bebeto (PL-AL) e o delegado Thiago Prado criticaram publicamente a medida, classificada por eles como abuso de autoridade e perseguição política.
Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira, 18, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes. Além da tornozeleira eletrônica, foram determinadas medidas como recolhimento domiciliar noturno, proibição de uso de redes sociais e de contato com embaixadas ou outros investigados.
Em publicação nas redes sociais, Alfredo Gaspar afirmou que a decisão representa uma "vingança" por parte da Corte. “O STF escancarou de vez o abuso de autoridade e a vingança contra Bolsonaro. O mesmo tribunal que livrou os corruptos flagrados roubando bilhões da nação restringe a liberdade do maior líder político do país”, escreveu.
Gaspar ainda afirmou que não se intimidará com o que considera uma escalada autoritária do Judiciário. “Democracia virou vigilância”, disse.
Cabo Bebeto também reagiu com indignação e afirmou que as medidas cautelares representam um risco à liberdade de expressão e ao direito de oposição. “Bolsonaro de tornozeleira: o absurdo se consolida! [...] A democracia virou vigilância, a oposição virou crime, e a perseguição virou política de Estado”, declarou o deputado estadual.
Em vídeo publicado nas redes sociais com o título de ''Democracia ou Ditadura'', o delegado Thiago Prado criticou a acusação de que o ex-presidente teria participado do atentado violento alegando que não há provas concretas dos crimes atribuídos aos atos de 8 de janeiro e lembrou que Bolsonaro nem estaria no Brasil à época. Para o delegado, o caso representa uma "aberração jurídica".