Economia
BNB impulsiona agroindústria de beneficiamento de frutas em Alagoas
Em 2024, crédito ao segmento somou R$ 4 milhões, com incremento de 86% em relação ao ano anterior
O Banco do Nordeste (BNB) praticamente dobrou o volume de financiamento para agroindústrias que atuam no beneficiamento de frutas em Alagoas. Em 2024, os créditos para o segmento somaram cerca de R$ 4 milhões, com incremento de 87% em relação ao ano anterior. Os financiamentos deste ano, até o mês de junho, já totalizam R$ 1,5 milhão.
Segundo o superintendente estadual do BNB em Alagoas, Sidnei Reis, esse crédito é importante por contribuir para diversificação de atividades econômicas em especial, na agroindústria do estado. “Temos um grande potencial para a fruticultura e, por meio do beneficiamento, podemos agregar valor ao produto e desenvolver novas atividades que geram emprego e renda”, destaca.
A maioria dessas agroindústrias atua na fabricação de sucos e conservas de frutas e estão localizadas em municípios atendidos pelas agências do BNB de Arapiraca, Penedo, São Miguel dos Campos e Palmeira dos Índios. Muitas são micro e pequenas empresas atendidas com linhas de financiamento diferenciadas pelo Banco do Nordeste. É o caso do FNE MPE Agroindústria, cuja fonte de recursos é o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), com juros acessíveis e prazos alongados de pagamento.
Coco Chique
Uma empresária que obteve apoio recente do banco para sua agroindústria de beneficiamento do coco foi Andresa Masetto, cliente do BNB no município de Penedo e fundadora da empresa Coco Chique. Natural de Gravataí, região metropolitana de Porto Alegre (RS), Andresa e seu marido já trabalhavam com o beneficiamento do coco e viram na região do Baixo São Francisco a oportunidade de estruturar um novo empreendimento.
“Penedo acabou nos conquistando por diversos fatores, mas o principal deles foi sua localização privilegiada para quem trabalha com o coco. A região é propícia para a aquisição de matéria-prima tanto do estado de Alagoas quanto de Sergipe”, afirma a empresária.
Mediante o FNE MPE Agroindústria, o BNB financiou a aquisição de uma máquina, composta por uma laminadora e um tanque de fritura industrial, que opera como uma estação de produção de diversos tipos de chips de frutas e verduras, a exemplo de banana, batata doce, batata inglesa, inhame e macaxeira.
“Buscamos o Banco do Nordeste por ser uma referência na região quando se fala em investimento e apoio ao empreendedor, que prontamente viabilizou a compra do equipamento. Vemos o banco como um parceiro estratégico para que possamos avançar, crescer e ajudar no desenvolvimento econômico da região do Baixo São Francisco”, destaca a empreendedora.
Atualmente, a Coco Chique processa cerca de 20 toneladas de coco por mês e atua em segmentos como food service e varejo, comercializando produtos para diversas regiões do Brasil, como Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco.