EDUCAÇÃO
Ufal emite 8 mil diplomas digitais e é a 7ª do país a adotar a prática
Modelo adotado pela Universidade desde 2021, agora é obrigatório em todo o sistema federal de ensino
Desde o dia 1° de julho entrou em vigor a obrigatoriedade da emissão de diploma digital nas graduações do Brasil e o fim da versão impressa, conforme as normativas do Ministério da Educação (MEC). Mas há quase quatro anos, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) já adota essa prática e de 2022 até agora são mais de oito mil diplomas digitais emitidos pelo Departamento de Registro e Controle Acadêmico (DRCA).
De acordo com a diretora do DRCA da Ufal, Sarita de Araújo, isso trouxe benefícios concretos e mensuráveis. Só em custos diretos com papel-moeda, a Universidade já economizou cerca de R$37 mil. E essa conta não inclui outros insumos e etapas envolvidas no processo anterior, como a confecção de minutas impressas para revisão e conferência, que antecedem a impressão definitiva dos diplomas físicos.
“Para a instituição, o modelo digital representa ganhos em eficiência, segurança da informação, sustentabilidade, desburocratização e redução de custos operacionais. Para os alunos, garante agilidade, acesso remoto, validade jurídica imediata e facilidade de uso em processos nacionais e internacionais”, relatou Sarita de Araújo, que lembra o esforço conjunto entre o DRCA, o Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) e o gabinete da Reitoria, tornando a Ufal a 7ª universidade federal do país a implantar o diploma digital.
A Portaria MEC nº 70/2025 deu o prazo final de 1° de julho para todas as instituições do Sistema Federal de Ensino. O objetivo é consolidar o modelo como padrão nacional, promovendo modernização, economicidade e segurança jurídica.
O modelo do documento oficial de conclusão de curso deve conter assinatura digital com certificado ICP-Brasil; carimbo do tempo, que garante validade jurídica; QR Code e código de validação para verificação pública; além de representações visuais nos formatos PDF e XML.
Como funciona na Ufal?
Desde dezembro de 2021, todos os diplomas de graduação emitidos pelo DRCA passaram a ser exclusivamente digitais. O egresso solicita a colação de grau via Sigaa e logo após os trâmites acadêmicos, o diploma digital é emitido no prazo de até 120 dias, prorrogável por igual período mediante justificativa.
O estudante pode baixar os arquivos PDF e XML diretamente no sistema e a validação pública pode ser feita a qualquer momento por meio de QR Code ou do código alfanumérico presente no diploma. Essa verificação imediata descarta a necessidade de autenticação em cartório.
Entre as vantagens de adotar o diploma digital ainda tem: redução de custos com papel, impressão, envio postal e retrabalho; agilidade em processos de admissão, validação e reconhecimento de diplomas; sustentabilidade ambiental, com eliminação do uso de papel e insumos físicos.
“A mudança não apenas modernizou a gestão acadêmica, como também fortaleceu a imagem institucional da Ufal como uma universidade comprometida com a inovação e o serviço público de qualidade”, avaliou a diretora Sarita de Araújo.
O diploma digital da Ufal segue os padrões estabelecidos pelas Portarias MEC nº 554/2019 e nº 70/2025, com validade jurídica plena em todo o território nacional, sendo aceito em concursos públicos, processos seletivos, validações acadêmicas e em situações de uso internacional.
Diplomas físicos
O egresso que desejar o diploma impresso com valor legal pode solicitar a materialização em cartório. Para isso, basta levar o arquivo digital (PDF/XML com QR Code) a um cartório habilitado, que realizará a impressão e a autenticação.
Antes dos procedimentos de digitalização adotados pela Ufal, muitos documentos foram esquecidos pelos egressos nas prateleiras do DRCA. O local soma mais de 1,5 mil diplomas físicos, emitidos há mais de três anos, e que aguardam retirada por parte dos concluintes.