Beatriz Castro/HGE
Crescimento também foi acompanhado por mais notificações de morte encefálica
A Central de Transplantes de Alagoas anunciou, nessa terça-feira, 30, no Hospital Geral do Estado (HGE), um crescimento expressivo de mais de 400% no número de doações de órgãos entre 2023 e 2024. O levantamento também aponta aumento de quase 300% nas notificações de casos suspeitos de morte encefálica, reflexo direto do engajamento das equipes multidisciplinares e do fortalecimento das campanhas de conscientização.
Segundo dados da Organização de Procura de Órgãos (OPO), o número de potenciais doadores saltou de 97 (em 2023) para 286 (em 2024). Já os diagnósticos confirmados de morte encefálica cresceram de 36 para 164 no mesmo período. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) também destacou 39 captações de órgãos realizadas neste ano, contra sete em 2023.
Para a coordenadora da Central de Transplantes, Daniela Ramos, o avanço se deve a uma soma de fatores. “Esse resultado reflete a evolução técnica de nossos servidores, alcançada com cursos de capacitação, a compreensão sobre o respeito ao fluxo da doação, a quebra de tabus após campanhas de conscientização, o diálogo das famílias e a confiança no processo”, avaliou.
O coordenador médico do HGE, Elton Leandro, lembrou que os critérios para identificar a morte encefálica seguem protocolos rigorosos, exigindo dois exames clínicos realizados por médicos diferentes. A coordenadora de enfermagem da OPO reforçou a importância do posicionamento das famílias:
“Receber a notícia da morte encefálica é muito doloroso, mas transformar esse momento em esperança para outras pessoas pode ser um conforto. Cada doação é um milagre para quem espera por um transplante”, destacou Paula Larissa.
Durante o evento, diferentes setores do HGE foram homenageados pela contribuição na redução da fila de transplantes. Placas foram entregues, relatos de superação foram compartilhados e o compromisso de continuar ampliando a adesão à doação foi reforçado. “A gente espera que esse engajamento cresça ainda mais. O trabalho da Central e da OPO é desafiador, mas a recompensa é salvar vidas”, concluiu o coordenador médico.
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